Engenharia 360

Maior torre de pesquisa climática do mundo fica no meio da Amazônia

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por Nathalia Brogiatto
| 20/10/2015 2 min

Maior torre de pesquisa climática do mundo fica no meio da Amazônia

por Nathalia Brogiatto | 20/10/2015
Engenharia 360

Nós já falamos um pouco aqui no BDE (aqui e aquisobre alguns eventos climáticos característicos da região Amazônica. Para estudar a relação da floresta com o clima foi construída recentemente no local a maior torre de pesquisa climática do mundo.

A torre, denominada ATTO (sigla para Amazon Tall Tower Observatory), possui 325 metros de altura (um pouco mais alta que a Torre Eiffel) e localiza-se entre os municípios de São Sebastião do Uatamã e Itapiranga, ambos no estado do Amazonas. Este projeto é resultado de uma parceria entre Brasil e Alemanha e teve participação do Instituto Nacional de Pesquisas Amazônicas (INPA), da Universidade do Estado do Amazonas, o Instituto Max Planck de Química e Instituto Max Planck de Química Biogeoquímica, estes dois últimos alemães.

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A torre servirá como uma ferramenta para as pesquisas que tentam compreender qual a relação da floresta amazônica com o clima de forma regional e global. Os equipamentos da ATTO são capazes de medir trocas gasosas, detectar aerossóis e reações químicas, auxiliar os estudos sobre a formação de chuvas e gerar dados relacionados ao transporte de matéria e energia entre a atmosfera e a floresta. Uma diferença das torres normais é que, enquanto essas coletam dados a poucos quilômetros, a ATTO pode coletar dados em um raio de mais de mil quilômetros.

A torre possui a vantagem de estar afastada o suficiente para minimizar a influência humana. No entanto, essa vantagem também é uma desvantagem, afinal, já imaginou construir 325 metros no meio do mato, literalmente? O custo da obra, que deu um grande trabalho, foi de, aproximadamente 8,4 milhões de euros, dividido entre Brasil e Alemanha.

A ATTO, além de servir para monitoramento, é fonte de coleta de dados para estudos. É um projeto de longo prazo, que pretende analisar as mudanças climáticas em um tempo de 20 a 30 anos. A previsão para que ela esteja totalmente pronta é para 2017.

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Embora seja a mais alta do mundo, a ATTO não é a primeira torre de pesquisa climática no mundo. Sua ideia surgiu a partir da ZOTTO, uma torre semelhante que localiza-se na Sibéria e monitora concentrações de gás carbônico e outros gases do efeito estufa na vegetação local. A ATTO vai permitir estudar, além das demais interações entre a atmosfera e a floresta, o ciclo do carbono na Amazônia.

Ficou curioso? O vídeo abaixo traz mais informações sobre o projeto:

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Referências:

Kooperation InternationalCiência HojeIndependent e Brasil.gov.br.

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