Cezar Pauxis tornou-se programador utilizando celulares quebrados e em uma rotina cheia de obstáculos por conta dos problemas financeiros enfrentados.
Ele foi da turma que utilizava verdadeiras “gambiarras”, além de muita inteligência e vontade para aprender mais informações na área na qual atua.
O jovem enfrentou o fato de ter poucos recursos e seguiu seus instintos para tornar-se autodidata aos 17 anos. No fim, acabou sendo disputado por grandes empresas de tecnologia do Brasil.
Por meio das redes sociais, o jovem pediu ajuda para conseguir comprar um computador novo, pois o dele havia quebrado.
Em três dias, a mensagem de Cézar Pauxis conseguiu 90 mil curtidas e 20 mil compartilhamentos, além de diversas doações devido a enorme visibilidade e interesse sobre o jovem paraense.
Por conta disso também, algumas empresas entraram em contato com Cézar. A Picpay, empresa que realiza pagamentos eletrônicos e que foi utilizada pelo jovem na vaquinha virtual, esteve entre as corporações que se interessaram pelas habilidades do jovem.
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Segundo o diretor técnico da Picpay, Diogo Carneiro, "aprender programação do zero, nas condições que o Cezar tinha, é muito difícil. Quando ele contou sua história no Twitter, a comunidade tech passou a acompanhar”.
A partir desse contato, o jovem paraense começou a trabalhar na Picpay. E desde março de 2021 se tornou mais um de seus desenvolvedores, atuando de maneira remota.
Jovem programador e o interesse por “bots”
A facilidade que Cézar tem para aprender códigos e demais estruturas presentes nos diagramas da programação não se iniciaram "do nada".
A saber, o jovem programador começou a ler aos três anos e aos 14 anos começou a se interessar por “bots”, isto é, aplicações autônomas que rodam na Internet enquanto desempenham uma tarefa pré-estabelecida.
Ele se interessou mesmo pelos “bots” presentes no aplicativo de mensagens Telegram e, através da ajuda de celulares usados, começou a buscar informações em comunidades de programadores.
Segundo Pauxis, até os seis anos de idade ele tinha computador. Entretanto, quando cresceu, precisou utilizar celulares para aprender novas habilidades. E pelos aparelhos telefônicos é muito mais difícil programar!
Cézar conta que passou por muitos percalços desenvolvendo o seu trabalho em celulares. Afinal, os dispositivos são altamente suscetíveis a panes no sistema e atualizações inesperadas. Por vezes o jovem chegou a perder as suas programações.
Apesar disso, ele conseguiu criar dois “bots” para o Telegram por meio de celulares que tinha, os quais respondiam a pesquisas. No entanto, ele não pediu ajuda financeira aos contatos online e evitou ao máximo tornar a sua história pública.
"Tenho criado projetos com programação todos esses anos sempre somente em celulares quebrados. Mas é o que eu amo fazer e sempre fiz de graça simplesmente para poder ajudar os usuários, por isso relutei em pedir doações ou cobrar pelo serviço."
- Cezar Pauxis, em reportagem de Razões para Acreditar.
O jovem também afirma que gostaria de inspirar e motivar outras pessoas a não desistir dos sonhos e que mesmo com pouco coisa é possível conquistar algo.
E então, o que achou dessa história? Compartilhe com seus amigos!
Fonte: BBC, Razões para Acreditar.
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