A inovação e conhecimentos abrangentes são fundamentais na carreira de um engenheiro. Novas especializações e cursos são cada vez mais necessários, e um recente anúncio exemplifica esta tendência. A Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP), em parceria com o Groupe das Écoles Centrales, da França, apresentou o projeto de curso em Engenharia, no campus de Santos, litoral de São Paulo, que terá aulas em português, inglês e francês.
O objetivo é que o primeiro curso de Engenharia trilíngue na USP seja iniciado em 2018. O projeto ainda precisa passar pela aprovação do Conselho de Graduação da instituição, o que deve acontecer apenas em 2016. A composição da grade curricular, além dos conhecimentos básicos e específicos em engenharia, terá de 20% a 30% de matérias ministradas por docentes estrangeiros que compõem o quadro de cinco universidades francesas pertencentes ao Groupe das Écoles Centrales.
Caso aprovado, o curso deverá contar com 60 vagas, e está previsto reforço aos estudantes no início da graduação, para possibilitar aos alunos um melhor acompanhamento de todo o conteúdo. O diferencial do curso, inclusive frente aos demais da área e que são ministrados na USP, é a abordagem mais geral do conteúdo e com metodologias que preveem desafios mais complexos.
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O campus de Santos da USP já existe desde 2012 e atualmente na graduação está disponível o curso de Engenharia do Petróleo. No ano seguinte ao início das operações, a reitoria da instituição havia anunciado o aumento da oferta na grade de cursos de graduação e pós-graduação em Santos, além da construção de novos prédios. As dificuldades financeiras atrasaram as iniciativas, e para os novos projetos haverá a procura por investimentos públicos e também privados, o que não tira o caráter público do curso, segundo o professor Laerte Sznelwar, que coordena o desenvolvimento da iniciativa, em entrevista ao Estadão.
O campus da USP em Santos está localizado no centro, na antiga Escola Cesário Bastos, um prédio histórico e de grande importância para a cidade. O investimento na cidade litorânea é uma aposta no potencial econômico local. Vale a pena acompanhar o desenvolvimento do projeto.
Referências: Estadão, Universia, USP