Em meio à corrida pela vacina contra o novo coronavírus, outros meios de combatê-lo estão sendo desenvolvidos. Um deles foi elaborado pelo ITA, e promete deixar identificar o vírus no ar.
Como funciona esse aparelho?
O protótipo de baixo custo e fácil acesso que está sendo desenvolvido por pesquisadores do Laboratório de Bioengenharia do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), em parceria com a Força Aérea Brasileira (FAB), tem previsão para ser finalizado em sete semanas e visa identificar a presença de partículas da Covid-19 no ar.
A partir da tecnologia utilizada em aparelhos que detectam radiação em áreas determinadas (por meio do monitoramento de nuvens radiológicas), o novo projeto foi idealizado e poderá monitorar regiões com 50 metros quadrados de extensão e apontar se há riscos de contaminação do vírus nessas áreas com grande circulação de pessoas, como hospitais, indústrias, aeroportos e comércios. Segundo o ITA, essa medida de cautela é capaz de prever possíveis futuras retransmissões e contágios consequentes de novas mutações do vírus, além de permitir a liberação de espaços que não estão com partículas virais infectantes.
O protótipo em construção recebeu uma contribuição de R$ 250 mil do Ministério Público do Trabalho (MPT) e tem a colaboração do Laboratório de Genoma Médica do Hospital A. C. Camargo Cancer Center. Essa verba, destinada pelo MPT, será aplicada na aquisição de equipamentos, serviços, equipe técnica, insumos e outras despesas do projeto.
Outras ações do ITA contra o coronavírus
A instituição de ensino superior contribuiu com a fabricação de equipamentos de proteção individual, oferecendo um guia, produzido no seu Centro de Competência em Manufatura (CCM), para quem tem interesse em produzi-los e doar esses materiais para quem precisa. Esse manual disponibiliza dicas e regulamentação de processo de impressão 3D.
Máscaras de proteção com injeção e produção 3D também são produzidas atualmente pelo CCM do ITA, juntamente com peças para respiradores – utilizadas em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs). O professor da área de mecatrônica da instituição, Carlos César Eguti, afirma que as peças, produzidas para o Hospital da Aeronáutica de São José do Campos, foram testadas com sucesso e que a produção permanecerá.
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Além disso, uma iniciativa do pró-reitor de administração do ITA deu origem ao projeto Lavatório Autônomo de uso Compartilhado (Lavac). Esse projeto, que propicia a higienização das mãos em locais públicos, consiste em um lavatório móvel sem fonte de energia e conexão a outros equipamentos. Sua criação foi destinada a regiões com pouca ou nenhuma infraestrutura. Para facilitar o transporte do Lavac e dificultar o contágio, rodas foram compactadas na estrutura, a torneira é acionada no pedal (evitando o uso das mãos) e o dispenser do sabão é ligado pelo cotovelo.
Embora seja um projeto para prevenir a contaminação no ITA, a Assessoria de Comunicação do instituto afirma que a sociedade e outras organizações podem adotar a iniciativa, uma vez que o protótipo é portátil, reduz o consumo de água e pode ser aprimorado para aumentar sua capacidade.
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Fontes: Governo Federal; O Vale.
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Samira Gomes
Engenheira de Produção formada pela Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF); certificada como Yellow Belt em Lean Seis Sigma.