Desde o lançamento em 2011 ao espaço, a sonda Juno, da NASA, entrou em uma viagem de cinco anos cujo objetivo era atingir a zona de órbita de Júpiter – algo que fez com sucesso em julho de 2016, sendo que em agosto houve o primeiro sobrevoo nos polos do planeta. A sonda encontra-se a uma distância de mais de 670 milhões de quilômetros de distância da Terra.

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Imagem: Divulgação /Nasa/JPL-Caltech
A sonda Juno a cada 53 dias completa uma volta ao redor de Júpiter, que é o maior do Sistema Solar. A sonda, por sua vez, é do tamanho de uma quadra de basquete, e seu funcionamento é impulsionado por energia solar, captada através de seus enormes painéis, de 9 metros de comprimento. Além disso, suas câmeras são blindadas com titânio, que as protegem da intensa radiação emitida pelo planeta.
Os cientistas e a nova percepção do planeta Júpiter
Com a chegada das imagens da sonda, os cientistas ficaram surpresos com as novas descobertas do planeta Júpiter, com uma massa de nuvens e altitude bem acima das que estão outros elementos. “Estamos vendo que várias de nossas idéias estão incorretas e são até mesmo ingênuas”, afirmou Scott J. Bolton, pesquisador da Missão Juno, em uma conferência da Nasa. “Conseguimos ver pela primeira vez o pólo Norte de Júpiter, e ele não se parece com nada que jamais vimos ou imaginamos. É mais azul nesse local do que em outras partes do planeta, e há muitas tempestades”, afirmou.
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Imagem: J.E.P. CONNERNEY ET AL., SCIENCE (2017)
Na imagem a seguir, percebem-se pequenos pontos ovais que aparecem na superfície do planeta. Os pesquisadores descobriram que eram ciclones de 1400 km de extensão — alguns com cerca de 100 km de altura.

Imagem: IMAGE COURTESY OF NASA/SWRI
Os primeiros estudos divulgados pela revista Science mostram tempestades que não são comparadas às de outros planetas. Outro resultado que foi possível de se observar com a Juno foi uma chuva de elétrons que cria uma aurora boreal, o que não é possível de ser observado da Terra.
Em 2018, no mês de fevereiro, a Juno irá atingir as camadas externas da atmosfera, onde se desintegrará por atrito. Todo este processo é para que, no momento da desintegração, não haja qualquer contaminação com micróbios da Terra.
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Imagem: Nasa/ Divulgação em BBCBrasil.com

Imagem: Nasa

Imagem: Nasa

Imagem: EFE
A beleza a ser admirada em vídeo
Recentemente, o animador Sean Doran, o matemático Gerald Eichstädt e o jornalista Avi Solomon, resolveram reunir milhares destas fotos feitas por Juno, e disponibilizadas ao público pela NASA, em vídeos de timelapse, que contam também com uma trilha sonora própria.
Temos a visão deslumbrante de cores e um resultado de contemplação é hipnotizador!
JÚPITER e suas curiosidades
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Imagem: Nasa
Júpiter é cerca de 11 vezes mais amplo que a Terra e sua massa é 300 vezes maior que nosso planeta
- É o quarto corpo celeste mais brilhante do Sistema Solar – só ficando atrás do Sol, da Lua e de Vênus
- O planeta demora 12 anos terrestres para orbitar o Sol; ‘um dia’ tem quase 10 horas
- A temperatura média em Júpiter é de 108 graus Celsius negativos
- Sua composição é, em maior parte, de hidrogênio e hélio. Portanto, a atmosfera do planeta é formada por 86% de hidrogênio metálico, além do hidrogênio líquido e gás nitrogênio
- Sob pressão, o hidrogênio se transforma em um fluido condutor de eletricidade
- Esse ‘hidrogênio’ metálico é, portanto, o que pode ser a fonte do campo magnético
- Possui 67 satélites
- Os topos das nuvens contêm amônia e sulfeto de hidrogênio
- As listras são criadas pelos fortes ventos que se movem do leste ao oeste
- Conhecido como Grande Mancha Vermelha, de mesmo nome esta é uma tempestade gigante de vórtice duas vezes mais largo que a Terra.
Referências: Nasa, BBC, Revista Galileu, Hypeness, FREITAS, Eduardo de. “Júpiter”; Brasil Escola, El País