Pela primeira vez, os cientistas conseguiram tirar uma foto de um entrelaçamento quântico. A ideia, chamada por Einstein (que deve estar se revirando no túmulo) de algo como “ação fantasmagórica a distância” fez um reboliço na física quântica.
A ideia do entrelaçamento quântico consiste no fato de que duas partículas interagindo podem permanecer conectadas e compartilhar seus estados, não importa quão seja a distância entre elas. Esse é um conceito muito usado na computação e na internet quântica e, mais importante que isso, é uma das bases da mecânica quântica.
Além disso, o conceito de entrelaçamento quântico não deixa de ser um pouco assustador – e um tanto fantasmagórico. Isso não foge muito de toda a física quântica, de modo geral, com suas propriedades - não convencionais -, teorias envolvendo gatos mortos-vivos em uma caixa (gato de Schrödinger) e outras bizarrices que parecem muito complicadas e que levam a piada de que, se você acha que está entendendo a quântica, então você não entendeu nada.
Como foi feita a imagem do entrelaçamento quântico?
Depois da primeira imagem do buraco negro, registrada este ano, chegou a vez da imagem do entrelaçamento quântico. Para conseguir isso foi preciso um trabalho ardiloso.
Os pesquisadores criaram um sistema que dispara um fluxo de fótons emaranhados a partir de uma fonte de luz quântica. Isso foi possível usando cristais líquidos que alteram a fase dos fótons quando passam por eles.
Uma câmera super-sensível capaz de detectar fótons individuais que só registrariam a imagem quando um fóton e seu par estivessem entrelaçados. A ideia parece simples, mas conseguir isso na escala de fótons é complicado. A imagem, inédita, é uma demonstração de uma propriedade fundamental na natureza.
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Os resultados são empolgantes e dão uma luz para a computação quântica. Além disso, a técnica pode ser utilizada para novos registros de imagens.
Fontes: Phys.org
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Larissa Fereguetti
Cientista e Engenheira de Saúde Pública, com mestrado, também doutorado em Modelagem Matemática e Computacional; com conhecimento em Sistemas Complexos, Redes e Epidemiologia; fascinada por tecnologia.