A tecnologia de Inteligência Artificial tem sido aprimorada cada vez mais, podendo ser aplicada a uma gama maior de atividades no mercado. Olhando para o setor médico, a IA agora oferece apoio para novas abordagens de detecção precoce de doenças e transtornos. É o caso do autismo infantil, que pode ser diagnosticado com 100% de precisão, via imagens de retina, graças a tecnologia. Saiba mais sobre o caso no texto a seguir, do Engenharia 360!

Estudo encontra biomarcador para autismo na retina

A revista médica JAMA Network Open publicou recentemente um estudo sobre as possibilidades de uso da tecnologia de Inteligência Artificial para diagnóstico de autismo infantil. Esse estudo foi realizado por pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade Yonsei, na Coreia do Sul. O mesmo foi baseado em resultados de testes realizados em quase mil crianças com idades em torno de 7 e 8 anos. A metade delas foi diagnosticada com autismo.

Uso da IA no diagnóstico de autismo infantil

Os pesquisadores sul-coreanos tiraram fotos da retina de cada criança participante dos testes. Depois eles levaram essas imagens para um software que usa algoritmos treinados por IA para fazer análise de dados. As informações reveladas permitiram o diagnóstico 100% correto do transtorno em uma parcela do grupo. A conclusão é que o autismo se revela em alterações na retina via biomarcador, facilmente identificado com ajuda das novas tecnologias.

As crianças que têm autismo apresentam alterações específicas no tamanho e na forma do disco óptico, a área da retina onde o nervo óptico se conecta ao cérebro.

Técnica não invasiva pode ampliar acesso ao diagnóstico

A perspectiva lançada por esse estudo da Universidade Yonsei é bastante positiva. Com auxílio da IA, os médicos poderão fazer a detecção precoce do autismo infantil, uma condição de desenvolvimento que afeta a comunicação e a interação social das crianças. E vale destacar que esse processo sempre foi muito desafiador para a ciência, pois os sintomas da condução costumam ser muito sutis e difíceis de identificar na maioria dos casos. Sem contar que os testes atuais para o autismo podem ser caros e demorados.

O diagnóstico precoce é importante para que as crianças com autismo possam receber os serviços e o apoio de que precisam.

Perspectivas futuras

Essa abordagem não invasiva poderia, então, ser usada para ampliar o acesso ao diagnóstico de autismo infantil em crianças ainda mais jovens. Os pesquisadores acreditam também que, com o aprimoramento da tecnologia, em breve será possível ampliar o uso do método para avaliar a gravidade dos sintomas do autismo.

A descoberta de um biomarcador para autismo na retina abre novas possibilidades. Descobertas como esta revelam o potencial da IA como ferramenta de Engenharia Biomédica, auxiliando a Medicina no diagnóstico de doenças e transtornos. Esperamos que a ciência receba o incentivo necessário, inclusive financeiro, para continuar pesquisando e desenvolvendo novas tecnologias que possam ajudar a melhorar a vida das pessoas com autismo e de suas famílias.

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Fontes: New Atlas.

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Eduardo Mikail

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