Engenharia Biomédica

Chip de pele com IA que restaura a fala de pessoas com deficiências nas cordas vocais

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Por: Redação 360 | Em: | Atualizado: 8 meses atrás | 1 min de leitura

Imagem reproduzida de Jun Chen Lab, UCLA, via Interesting Engineering

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Cientistas da área da Engenharia Biomédica da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA) desenvolveram um dispositivo vestível bastante inovador. Trata-se de um chip de pele que utiliza Inteligência Artificial (IA) para ajudar pessoas com problemas nas cordas vocais a recuperarem a sua capacidade de fala, como pessoas com deficiências e com condições patológicas, cirurgias ou outros fatores.

A grande novidade é que, para uso desse dispositivo, não é necessária nenhuma medida médica invasiva. Isso traz esperança para milhões de pessoas silenciadas hoje por distúrbios da voz. Continue lendo este artigo do Engenharia 360 para saber mais!

Como o dispositivo da UCLA funciona

A equipe da UCLA, liderada pelo professor assistente de bioengenharia na Escola de Engenharia Samueli, Jun Chen, atenta às limitações dos dispositivos existentes, como os eletro-larinxes portáteis, trabalhou para encontrar uma alternativa vestível. Assim surgiu a ideia de um chip de pele em formato de pequeno adesivo - um pouco maior que um selo postal -, que deve ser fixado à pele fora da garganta com fita dupla face. O mesmo, contendo sensores, detecta movimentos nos músculos da laringe e os traduz em fala audível

Chip de pele com IA
Imagem reproduzida de Jun Chen Lab, UCLA, via Interesting Engineering

Resultados promissores

  • Em testes com oito adultos saudáveis, o dispositivo atingiu uma taxa de precisão de 95% na tradução de cinco frases pré-determinadas.
  • Os pesquisadores acreditam que o dispositivo pode ser adaptado para traduzir qualquer frase que o usuário pronuncie.

Ação da aprendizagem de máquina

É importante destacar neste texto como a tecnologia de aprendizado de máquina fez toda a diferença nesse caso do chip de pele com IA. O que faz dar certo esse dispositivo é o algoritmo desenvolvido e em aprimoramento que aprende a associar movimentos musculares específicos com palavras correspondentes. Em resumo, a inteligência traduz esses movimentos em sinais elétricos e o algoritmo converte os sinais em voz audível.

Chip de pele com IA
Imagem reproduzida de Interesting Engineering

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Por hora, esse dispositivo de chip de pele ainda oferece apenas um vocabulário de frases pré-definidas. O próximo passo é a equipe de cientistas expandir suas capacidades através de avanços contínuos na aprendizagem de máquina. Isso vai requerer um refino no projeto e muitos outros testes em indivíduos com distúrbios na fala. Existe, sim, o potencial de ampliação dessa gama de expressões!

Além disso, são questões que ainda preocupam os engenheiros da UCLA a duração da bateria do chip de pele, assim como sua potência de processamento e design de interface do usuário. É preciso dar mais atenção a esses detalhes para garantir a eficácia e acessibilidade do dispositivo.

Chip de pele com IA
Imagem reproduzida de Interesting Engineering

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Potencial impacto da fala assistida por IA

A equipe de pesquisa espera que o dispositivo esteja disponível para o público em breve.

Por hora, estima-se que esse chip de pele com IA possa beneficiar pessoas em todo o mundo a recuperarem suas vozes e se comunicarem com mais confiança. Ele deve melhorar significativamente a qualidade de vida de pessoas com problemas nas cordas vocais. Pode permitir que essas pessoas se comuniquem mais facilmente com amigos, familiares e colegas de trabalho. E, por fim, pode ser usado para fins educacionais e profissionais.

Olhando para o futuro, com inovação contínua e colaboração entre pesquisadores, engenheiros e profissionais médicos, a visão de possibilitar a comunicação para todos, independentemente de distúrbios das cordas vocais, se aproxima da realidade.

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Fontes: Interesting Engineering, FreeThink.

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