A situação atual que prevalece no mundo em função da COVID- 19 trouxe um cenário incomum nas relações empresa e empregado, no qual o home office, ou teletrabalho, se tornou uma realidade para muitos profissionais, principalmente para os de engenharia que trabalham em escritórios.
No entanto, a condição de estar trabalhando em casa, a fim de reduzir a propagação do vírus, não deixa de influenciar de forma direta nas estruturas físicas e mentais. É uma condição excepcional que expira cuidados quanto à saúde ocupacional e também nas estruturas organizacionais das empresas, as quais buscam adaptar suas concepções, políticas, práticas e procedimentos de trabalho.
A demanda instituída por essa modalidade de trabalho transitório requer a observância cuidadosa das recomendações estabelecidas pela norma regulamentadora de número 17, que trata da ergonomia, bem como as condições das quais se equiparam ao ambiente físico e aos equipamentos a serem utilizados.
Nomeadamente, em condições típicas, a modalidade home office traz benefícios para os profissionais do ponto de vista técnico como pessoal no que diz respeito à produtividade, atividades planejadas, gerenciamento do tempo, qualidade de vida, baixo nível de estresse, dentre outros. Entretanto, vivemos momentos preocupantes desde que a pandemia atingiu nosso país e, com home office em tempos de pandemia, as condições físicas, psíquicas, emocionais e ambientais interferem incisivamente nas ações e condições dos profissionais.
Tais profissionais muitas vezes não estão cumprindo o regimento da ergonomia, e esta, por sua vez, não foi dado o tempo de ser instituída formalmente por parte das empresas. Ora, ergonomia essa que traz a luz da sua concepção as relações estabelecidas entre o homem, trabalho, ambiente, equipamentos.
Vale ressaltar, ainda, que essa modalidade de trabalho exige autodisciplina, decisão e organização para sua realização. A relação intrínseca existente entre a modalidade home office e a ergonomia organizacional baseia-se principalmente na saúde, segurança e necessidades do profissional.
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Salienta-se que se trata de um trabalho exercido num ambiente em que comumente entende-se como lugar de descanso e não laboral (de trabalho), o que resulta numa dificuldade na supervisão (por se tratar de um local fora das instalações empresariais). Portanto, em tempos de pandemia, onde o trabalho transitório alcançou uma dimensão rápida, a ergonomia não só é necessária, mas precisa ser executada, uma vez que as dificuldades apresentadas pelos profissionais perpassam por uma série de entraves: infraestrutura tecnológica, distração familiar, condições inadequadas de mobiliário, espaços reservados com ruídos, má postura, falha no gerenciamento do tempo e outros.
Sendo assim, certamente que trabalhar em casa não deixa de ser uma conveniência, mas também não deixa de ser preocupante em se tratando do bem estar e desempenho físico, emocional e profissional sob a ótica dos aspectos ergonômicos.
E vocês do Engenharia 360, contem como está a rotina de vocês nos comentários. Se cuidem!
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Fabrício Silva
Engenheiro Mecânico, Pós Graduando em Engenharia de Segurança do Trabalho e Eletrotécnico. Baiano, tricolor, amante de um bom samba e uma resenha de qualidade.