Sempre que se fala em produção de energia renovável - e sustentável - costumamos lembrar imediatamente da solar. Isso acontece porque o Brasil tem muitos projetos de usinas desse tipo, muitas delas já em funcionamento e algumas prestes a sair do papel.
Entretanto, na Europa são os parques eólicos que vêm ganhando cada vez mais destaque, especialmente os offshore. Isto é, eles são instalados no mar, mas não muito longe do continente. E, famosa pelos seus moinhos de vento, a Holanda inaugurou o segundo maior parque eólico offshore do mundo.
O maior continua sendo o London Array, que pertence ao Reino Unido e tem capacidade de 630 MW. Já a criação holandesa tem capacidade de 600 MW, conseguindo gerar 2,6 TWh de eletricidade por ano. Essa quantidade é o bastante para fornecer energia a 785 mil casas. Para comparar, em 2015, o London Array gerou 2,5 TWh.
Investimento com retorno
Batizado Gemini, o parque eólico está localizado no Mar do Norte, a 85 quilômetros de distância da costa norte da Holanda, no município de Eemsmond. Com 150 turbinas de vento de 4 GW, ele custou 3 bilhões de dólares. Para se tornar realidade, o projeto dependeu da parceria entre a canadense Northland Power; a germano-dinamarquesa Siemens Wind Power, que fabrica as turbinas eólicas, e as empresas holandesas Van Oord e a HVC.
O parque eólico poderá fornecer 13% do que o país consome em eletricidade, representando 25% da energia eólica. Além disso, as emissões de dióxido de carbono devem ser reduzidas em 1,25 milhão de toneladas.
A Holanda caminha para que, até 2020, 14% de suas necessidades energéticas sejam geradas por fontes renováveis. Além disso, os holandeses pretendem ter 16% de energia renovável até 2023 e ver o país se tornar neutro em carbono até 2050.
Além de aproveitar a intensidade do vento em regiões marinhas, gerando energia limpa, outra vantagem de investir em parques eólicos offshore é que evitam incômodos com os barulhos das turbinas. Assim, garante-se a produção de energia, sem a preocupação de incomodar os habitantes locais.
Fotos: Gemini Offshore Wind Park. Fontes: eCycle, Engenharia 360, Gemini Wind Park e Wikipedia.
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