Qual o impacto que a ciência tem em nossa vida? Bem, a ciência está nas Engenharias, na Arquitetura, na Medicina, na Exploração Espacial e muito mais. A ciência está até mesmo na produção de vacinas, que aguardamos com tanta esperança nestes tempos de Pandemia. Infelizmente, vivemos um momento em que muitas pessoas ainda duvidam das ciências e também do esforço dos cientistas brasileiros. E não valorizar as valorizas mentes que aqui nasceram faz com que o nosso país perca importante força de trabalho para o mercado externo. Mas seja aqui ou lá fora, apesar das dificuldades, os brasileiros continuam a realizar grandes conquistas. Prova disso são as histórias contadas a seguir!
Lista de cientistas brasileiros dos mais influentes do mundo
No ano de 2019, antes de começar a Pandemia, o Plos Biology e o Web of Science montaram uma lista, desenvolvida pela Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, com os nomes dos cientistas mais influentes, com base no impacto e influência que causavam no mundo. Eles utilizaram como referência, diversas informações da Scopus, uma base de dados bibliográficos que inclui resumos e citações de artigos de periódicos científicos publicados pelos cientistas. E, para a surpresa, muitos nomes de professores brasileiros aparecem no ranking.
- 158 da USP – Universidade de São Paulo;
- 76 da Unicamp – Universidade Estadual de Campinas/SP;
- 39 da UFMG – Universidade Federal de Minas Gerais;
- 31 da Fiocruz – Fundação Oswaldo Cruz;
- 20 da UFPE – Universidade Federal de Pernambuco;
- 14 da UFSM – Universidade Federal de Santa Maria;
- 14 da UFC – Universidade Federal do Ceará;
- 8 da UEM – Universidade Estadual de Maringá no PR;
- 4 da UNG, Universidade de Guarulhos em SP;
- 3 da UFS – Universidade Federal de Sergipe;
- 3 da UFCG – Universidade Federal de Campina Grande, na PB.
Brasileira que trabalha na NASA e ajuda a explorar Marte
A cientista Jacqueline Lyra, do Rio de Janeiro, tinha um sonho, fazer carreira na Engenharia Aeroespacial, inspirada em Neil Armstrong e a missão Apollo 11. Ela diz que “este sonho impossível foi minha motivação para ser ainda melhor na escola. No conhecimento eu encontrei minha força e autoconfiança para perseguir o sonho de me tornar engenheira aeroespacial.” (reportagem de Razões para Acreditar). Só que ela lembra também que na época, na década de 1970, só existiam duas escolas no Brasil que tinham um currículo parecido com o que ela buscava, sendo ambas militares e que não aceitavam mulheres.
O que ela fez? Jacqueline não desistiu? Não! Após um ano estudando engenharia no Brasil, ela se mudou para Nova Iorque. Lá, ela se formou em Engenharia Mecânica pelo Instituto de Tecnologia. E, anos depois, virou mestre em Engenharia Espacial pela Universidade do Texas, em Austin. Este foi o início do caminho que resultaria na NASA.
Hoje, a cientista trabalha nos projetos do instituto para missões expiratórias de Marte. Além disso, já participou dos trabalhos para a missão Cassini para Saturno, Galileo para Júpiter, Soil Moisture Active Passive na órbita da Terra e a missão do cometa Deep Space 4-Champollion. Também foi responsável por ajudar no sistema termomecânico da Perseverance – rover desenvolvido para procurar sinais de vida e coletar amostras de terra do Planeta Vermelho. E, por fim, atuou nas Pathfinder, Spirit, Opportunity e Mars Science Laboratory, sendo todas elas na área termomecânica em missões com Marte como destino.
Brasileira é responsável por microscópio quântico que “vê o impossível”
Recentemente, foi noticiado sobre um microscópio quântico criado por cientistas da Universidade de Queensland, na Austrália, para "ver o impossível". E sabe quem estava entre estas mentes? A cientista brasileira Catxere Casacio! Ela se graduou em Física pela USP, Universidade de São Paulo. Depois, estudou Engenharia Óptica no Institut d’Optique, na França. Fez mestrado pela ParisTech, com tese na Universidade Pierre et Marie Curie, em Paris. E, por fim, seguiu para a Universidade de Queensland para fazer o seu doutorado.
PUBLICIDADE
CONTINUE LENDO ABAIXO
LEIA MAIS
Pois foi justamente quando ela estava desenvolvendo o seu projeto de doutorado, em 2016, que fez o objeto de aplicação em biotecnologia. Na "terra do canguru" que ela encontrou o laboratório de óptica quântica, dirigido pelo professor Warwick Bowen, e o Centro de Excelência para Sistemas Quânticos Projetados (EQUS), dirigido pelo professor Andrew White. E lá, aprendeu a manipular a luz a nível quântico, usando a técnica de “squeezing” de fótons, ou estados comprimidos da luz, que permite reduzir o ruído da luz.
Conforme a cientista (reportagem de Olhar Digital) "Essa foi a primeira vez que alguém colocou luz quântica num microscópio e fez imagens com ele. Então, a ideia do meu trabalho era mesmo provar que, a princípio, isso é possível. E tendo provado que é, abro também uma porta para que essa técnica possa ser usada em outros microscópios (não só Raman), e em outras áreas que se use a luz também.".
Brasileiro que descobriu e deu nome a maior cometa já visto no sistema solar
O cosmólogo brasileiro Pedro Bernardinelli integra o projeto Dark Energy Survey (DES), iniciativa que reúne estudantes de universidades de oito países — incluindo o Brasil — para observar a distribuição de galáxias no Universo. Quando iniciou seu trabalho no grupo estimava fazer uma pesquisa de tese de doutorado sobre objetos distantes que orbitam o Sol que se transformou na descoberta. No entanto, ele e seu orientador Gary Bernstein se deparam com algo extraordinário.
Em 2014, um determinado corpo celeste já havia sido encontrado. Contudo, ele só pôde ser identificado quando Pedro e Gary o descobriram outra vez. Era um cometa em meio a milhares de imagens analisadas. Mas não um cometa qualquer, mas o maior cometa provavelmente já identificado, com diâmetro estimado em 150 km — cerca de 2,5 vezes o tamanho do detentor do último recorde.
PUBLICIDADE
CONTINUE LENDO ABAIXO
O cientista explica, em trecho de reportagem da Revista Época, que "Estava buscando objetos que orbitam o Sol além de Netuno, porque eles são muito interessantes para entender a formação do sistema solar. Nessa brincadeira, a gente achou esse cometa, mas não estávamos procurando cometas. Projetos que buscam cometas têm estratégias muito diferentes das nossas. Foi um negócio meio que por acaso. Ele estava nos nossos dados e calhou nos nossos limites de detecção."
O mais legal é que, ate então, não se sabia nada sobre o comportamento deste cometa. Agora, eles estão trabalhando para tirar mais imagens e entender um padrão desse objeto - quanto material ele está sublimando, o que existe na superfície e outras informações -, algo que deve durar um 10 anos de monitoramento.
Veja Também: Cientistas capturam movimento de elétron em líquido em super câmera lenta [Entenda como!]
Fontes: Razões para Acreditar, Globo, Olhar Digital, Razões para Acreditar 2.
Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.
Comentários
Eduardo Mikail
Somos uma equipe de apaixonados por inovação, liderada pelo engenheiro Eduardo Mikail, e com “DNA” na Engenharia. Nosso objetivo é mostrar ao mundo a presença e beleza das engenharias em nossas vidas e toda transformação que podem promover na sociedade.