Tecnologia e Inovação

Como é a batalha entre empresas de drones e companhias aéreas

{{post.author.node.name}}

Por: Larissa Fereguetti | Em: | Atualizado: 3 meses atrás | 4 min de leitura

Imagem: counterdronesolutions.com.au

Compartilhe »

Os drones, tão populares, são cada vez mais comuns em nosso meio. Porém, os pequenos dispositivos voadores não tripulados são uma ameaça grande ao espaço aéreo e a situação já rendeu muitas batalhas contra as companhias.

Game of Drones: o perigo real

Nos últimos tempos, os drones estão causando um grande estrago em aeroportos do mundo todo, ocasionando atrasos nos voos e até o fechamento temporário dos locais. Cansadas de problemas e de arcar com as consequências, as empresas começam a amolar e limpar suas armas para a batalha. Uma alternativa viável é a instalação de tecnologias de interferência nos drones e até mesmo drones assassinos que podem abater os intrusos.

Imagem: wsj.com

Se você está pensando que um drone não atrapalha a rota de um avião porque é pequeno demais e pode ser facilmente destruído ou que o único problema é que ele atrapalha o sinal, o buraco é mais acima. O principal perigo dos drones é menos intuitivo e consiste no fato de que ele pode ser sugado pelo motor de um avião.

Mesmo se a intrusão for acidental (deixando de lado a hipótese de terrorismo de um drone enviado para explodir um voo), a bateria pode explodir, gerando consequências desastrosas. Para evitar problemas como esses, muitas companhias aéreas francesas já instalaram sistemas anti-drones e há até empresas especializadas no assunto. Há até um radar especial instalado no aeroporto Charles de Gaulle, em Paris.

E as ferramentas já em atividade são poderosas. Algumas conseguem diferenciar até drones de pássaros.

game of drones
Imagem: theengineer.co.uk

Em contrapartida, os drones também estão prontos para encarar a batalha. Com o avanço tecnológico, em breve a Inteligência Artificial embutida nesses objetos voadores não tripulados deve conseguir vencer as barreiras dos sistemas anti-drones.

O que fazer?

Como ainda não há legislação suficiente, tudo ainda é muito obscuro. Não se sabe quem deve investir e operar os sistemas anti-drones. Uma lei sobre os drones deve entrar em vigor em Julho de 2020 na União Europeia.

No Brasil, há um Regulamento da Aviação Civil Especial que aborda os requisitos gerais para aeronaves não tripuladas de uso civil (ou seja, drones). No entanto, a questão companhias aéreas versus drones não é abordada.

De modo geral, a questão mostra que, por mais que as tecnologias facilitem nossas vidas, é preciso haver certo controle e regulamentação. Afinal, a partir do momento que apresenta a possibilidade de trazer prejuízos (muito maiores que o financeiro, já que falamos de vidas humanas também), é preciso entrar em consenso sobre o que é permitido ou não.


Fontes: Phys.org; ANAC.

LEIA O PRÓXIMO ARTIGO