Brasil e França possuem muito mais em comum do que imaginamos! Óbvio que, quando falamos do país europeu, é difícil não lembrar do seu principal cartão-postal, a Torre Eiffel, que é uma obra de Engenharia e Arquitetura Efêmera, em ferro forjado, feita especialmente para a Feira Mundial de 1889, mas que jamais foi desmontada. E seu próprio nome já dá uma pista sobre quem esteve por trás do plano de sua criação, Gustave Eiffel.
Mas o que isso tem a ver conosco? Bom, muita coisa! Isso porque Gustave não é apenas uma grande referência de design internacional, mas também um personagem da História do Brasil. Tem assinatura dele numa estrutura referência da Praia do Farol, nos Campos dos Goytacazes, cidade na região Norte do estado do Rio de Janeiro, o Farol de São Tomé, um dos faróis mais bonitos e importantes do nosso país. Saiba mais no texto a seguir!
Quem foi Gustave Eiffel?
Embora Gustave seja muito admirado pelos arquitetos, ele, que nasceu em Bonickhausen dit Eiffel, no ano de 1832, era de formação, pela École Centrale Paris, engenheiro. Seu nome - Alexandre Gustave Eiffel - pode não ser conhecido por muitos, mas suas obras sim. É dele o projeto de estrutura da Estátua da Liberdade de Nova York, junto de Eugene Emmanuel Viollet-le-Duc, entre outros grandes projetos, como pontes para a rede ferroviária francesa, incluindo o viaduto Garabit.
Ainda precisamos destacar que, perto de se aposentar, Eiffel trabalhou com pesquisas de meteorologia e aerodinâmica, fazendo contribuições significativas em ambos os campos. E mais cedo ainda, o engenheiro projetou também este farol, o de São Tomé, para o território brasileiro.
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Como é o Farol de São Tomé?
O Farol de São Tomé, projetado por Gustave Eiffel ainda na era do Império Brasileiro, é feita de ferro especial, resistente à ferrugem possível por conta da proximidade com o mar - explicando seu bom estado de conservação ainda nos dias de hoje -, tendo 45 metros de altura e 260 degraus. Sua construção aconteceu em 1877, por meio de uma firma francesa, e a inauguração no ano de 1882, em comemoração ao aniversário da Princesa Isabel.
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Sua lanterna era originalmente cercada de vidraça de cristal e equipada com lente de cristal na espessura de 3 cm e com lâmpada de 1000 watts, emitindo 8 faixas de luz, girando em forma de leque e alcançando aproximadamente 46 km. Infelizmente, essa parte da estrutura sofreu avarias devido a um incêndio ocorrido em 1967. Por falta de recursos, tal lanterna foi substituída por modelo inferior, com capacidade de alcance reduzida - apenas 35 km.
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Para que foi projetada e como é utilizada a torre nos dias de hoje?
Apesar de os pesares, ainda nos dias de hoje, o Farol de São Tomé é uma estrutura importante para a navegação na região. No passado era mais, claro, com relação ao escoamento da produção de açúcar; mas agora o foco da zona é a exploração de petróleo. Outra mudança na história dessa torre é que, antes, seu funcionamento era por querosene e hoje com energia comercial; possui 2 geradores, mas mantém a opção do querosene, em caso de necessidade. Agora, uma curiosidade sobre a aplicações diversas dessa torre no Brasil: durante a Segunda Guerra, a área serviu para aterrissagem de helicópteros para abastecimento.
Gostou de conhecer um pouquinho da história desse patrimônio histórico nacional? Já sabia desta obra de Gustave Eiffel no Brasil? Escreva nos comentários!
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Fontes: TV Brasil, Diário do Rio, Wikipédia.
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Simone Tagliani
Graduada nos cursos de Arquitetura & Urbanismo e Letras Português; técnica em Publicidade; pós-graduada em Artes Visuais, Jornalismo Digital, Marketing Digital, Gestão de Projetos, Transformação Digital e Negócios; e proprietária da empresa Visual Ideias.