Por conta do falecimento da avó de sua esposa durante a pandemia de Covid-19, o engenheiro civil Alaor Ferreira da Cruz Junior, de Goiânia, foi tomado por uma profunda tristeza.
Contudo, o luto também o motivou a desenvolver a Asepsis Machine, cabine projetada para desinfetar corpo e roupas de uma pessoa em 15 segundos.
A partir do momento em que teve a ideia, Alaor executou o projeto em apenas 20 dias. Contando também com a ajuda de seu irmão (que é engenheiro mecatrônico) para criar o software do equipamento, o investimento inicial foi de R$ 128 mil.
Depois da fabricação veio a fase de testes, primeiramente pela Santa Casa da Misericórdia e pelo Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do estado de Goiás (CREA-GO), em Goiânia. O engenheiro relata:
"Fiz uma série de testes em laboratórios de Goiânia e fui até Campinas com a máquina para o teste no Laboratório de Virologia do Instituto de Biologia da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), que é referência no país”.
Os testes mostraram uma eficácia de 99,99% na desinfecção de Covid-19, que é feita com hipoclorito de sódio e água, solução indicada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Também é possível utilizar outros desinfetantes.
Como age contra a Covid-19
A Asepsis funciona da seguinte maneira: primeiro é identificado, por meio de um detector, quando um indivíduo entra.
Ao fechar das portas se inicia o lançamento dos jatos, que vêm de 60 micropontos distribuídos por toda a parte interna do equipamento, de modo a cobrir a maior área possível do corpo de uma pessoa. Logo após 15 segundos ela é liberada para sair do outro lado.
Depois de mais de 2 mil testes, e de acordo com as especificações da Norma Regulamentadora número 12 (que garante a segurança de máquinas e equipamentos), a Asepsis Machine passou a ser comercializada.
Características
A máquina pesa 120 quilos e não exige uma instalação complexa: apenas liga-se na tomada, semelhante a uma geladeira. Outra vantagem é o baixo custo de energia: calcula-se menos de R$ 00,02 (dois centavos) por pessoa que entrar na cabine.
O equipamento está sendo vendido para todo o Brasil e pode ser usado principalmente em hospitais, indústrias, terminais de ônibus, centros comerciais e eventos artísticos.
Tendo em vista que o padrão mundial de higiene está mudando devido à pandemia, o produto continuará tendo validade mesmo para desinfecção de outros microrganismos nocivos, além do Sars-CoV-2.
Fontes: O Hoje, Canal Tech, Crea-GO
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