Apesar dos eventos que vem acontecendo em 2021 não serem nada animadores, há ainda notícias que mostram que também existem oportunidades para o futuro. E o melhor: é no campo da engenharia!
Em 2021 vai ter mais uma opção de graduação para aqueles que sonham em ingressar em alguma engenharia. A USP (Universidade de São Paulo), renomada instituição de ensino, divulgou em seu jornal que em 2021 passará a ofertar o curso de engenharia nuclear, pela Escola Politécnica, lotada no campus Cidade Universitária.
Isso ocorre por conta do país que, apesar de ter intensas atividades no meio agrícola, biomédico, aplicações industriais e energia nuclear, carece de profissionais com formação específica nesses campos de conhecimento.
O que é a Engenharia Nuclear?
Segundo o Guia do Estudante, Engenharia Nuclear é o ramo da engenharia voltado ao desenvolvimento de novas tecnologias para a área de geração e aplicação de energia nuclear. Geralmente, o profissional formado nessa engenharia trabalha em usinas que produzem eletricidade tendo como fonte elementos radioativos, como urânio.
Possui como atribuição também as atividades de projetar, construir e operar reatores nucleares, trabalhando no desenvolvimento e manutenção de equipamentos para proteção radiológica utilizados na medicina, gerenciando seu funcionamento e supervisionando o cumprimento de normas de segurança.
Desse modo, os engenheiros formados nesta carreira poderão atuar em diversas áreas, tanto na indústria, como em setores governamentais. Atividades como projetar instalações nucleares, delinear processos de fabricação de combustíveis nucleares, operar e gerenciar reatores ou instalações que fazem uso de fontes radioativas, além de laboratórios de controle de qualidade com acesso a materiais radioativos, também especificar e selecionar materiais e efetuar a análise de falhas em equipamentos que estão em serviço num ambiente nuclear.
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Como vai funcionar o curso na USP?
Conforme destacou o coordenador do curso, Prof. Cláudio Schön, a nova formação fará parte da carreira Engenharia de Materiais, Metalúrgica e Nuclear, onde serão disponibilizadas 55 vagas para ingresso via vestibular. Sobre a grade curricular, os estudantes terão a grade curricular comum à outras engenharias, podendo optar pela especialização em Engenharia Nuclear no final do terceiro ano de curso.
Dessa fase em diante, os estudantes passarão a estudar disciplinas específicas da área, “como processamento de combustíveis nucleares e experimentos no reator nuclear, sendo esta última oferecida pelo Ipen de maneira optativa para todos os cursos da USP”, explicou o professor, referindo-se ao Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), parceiro da Poli-USP na criação do curso.
O professor destaca que a Engenharia Nuclear não é restrita apenas à produção de energia. “Pouca gente percebe que ao fazer um exame de imagem, por exemplo, está utilizando um equipamento que foi produzido em um reator nuclear. Boa parte da operação de reatores é dedicada à produção de radioisótopos para a medicina nuclear”, explica o professor.
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Dessa forma, fica clara a importância do engenheiro nuclear no mercado de trabalho, principalmente no Brasil onde a quantidade de profissionais formados nessa especialidade ainda é reduzida. Além disso a ampliação de centrais nucleares no país e o aumento do uso de radiação em diversos setores da economia e indústria contribuem para o aumento da demanda de profissionais especializados em Engenharia Nuclear.
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Referências: Guia do Estudante, Jornal da USP.
E você? Já sabe qual engenharia quer cursar? Se interessou pelo curso de Engenharia Nuclear? Conta pra gente!
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Kaíque Moura
Engenheiro de Produção; formado pelo Centro Universitário Santo Agostinho (UNIFSA); Pós-Graduando em Empreendedorismo e Inovação (IFPI); MBA em Management (iCEV); Técnico em Metrologia (IFRJ); Técnico em Serviços Jurídicos (IFPI) e Técnico em Mecânica (IFPI); profissional qualificado nas áreas de Gestão, Manutenção, Metrologia e Produção.