O "Euthanasia Coaster" é um revolucionário projeto de montanha-russa que vai muito além de qualquer coisa que você possa imaginar. Essa estrutura impressionante seria composta por subidas e quedas extremamente rápidas, cujos movimentos poderiam levar os passageiros à morte.
É claro que o projeto tem causado controvérsias, mas também tem recebido grande atenção da mídia. Apesar disso, foi exposto em galerias de arte e tem servido de inspiração para outros designers, chegando a ser mencionado em diversas obras culturais, evidenciando seu impacto na cultura popular. Saiba mais sobre essa inovadora criação neste texto do Engenharia 360!
O conceito por trás da Euthanasia Coaster
A estrutura conceito da Euthanasia Coaster foi idealizada por Julijonas Urbonas, um engenheiro e candidato de doutorado no Royal College of Art de Londres, Reino Unido. O conceito dela é uma montanha-russa de aço projetada para matar seus passageiros de forma rápida e indolor.
De acordo com o criador, a ideia é proporcionar uma morte "com elegância e euforia". O objetivo seria explorar o campo de estudo chamado Estética Gravitacional, levando as pessoas por uma série de experiências únicas, que vão desde a euforia até a perda de consciência, antes de finalmente levar à morte.
Resumindo, as aplicações práticas desse projeto conceito, assim como mencionadas pelo criador, incluem a "eutanásia" e a "execução".
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O que inspirou a criação do projeto conceito
O designer Julijonas Urbonas foi inspirado por John Allen, ex-presidente da Philadelphia Toboggan Company, que descreveu uma montanha-russa chamada "Ultimate" capaz de matar todos os passageiros.
É preciso destacar que a engenharia descrita neste texto consiste em um elevador inclinado que levaria os passageiros a uma altura de 510 metros, seguido por uma queda de 500 metros a uma velocidade de 360 km/h e 7 inversões em forma de espiral, diminuindo em diâmetro a cada uma delas.
O funcionamento da montanha-russa Euthanasia Coaster
A tal "elegância" e "euforia" mencionadas por Urbonas começariam após uma subida de dois minutos até atingir a altura máxima, seguida pela queda em alta velocidade e inversões que causariam 10 G de força nos passageiros. O resultado disso seria uma hipóxia cerebral prolongada e morte. Por isso a obra foi apelidada de "Euthanasia Coaster".
No entanto, existem algumas formas de "hackear" o sistema e sobreviver à montanha-russa. Por exemplo, se uma pessoa for tetraplégica, seu corpo não teria volume suficiente nas extremidades inferiores para acumular sangue, o que poderia permitir a sobrevivência. Da mesma forma, se uma pessoa estiver usando um traje antigravidade, ela poderia experimentar a emoção do passeio sem enfrentar a morte.
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As reações do público à ideia de Julijonas Urbonas
Esse novo modelo proposto de morte controlada e assistida recebeu atenção da mídia há mais de 10 anos. De lá para cá, organizações antieutanásia expressam preocupações sobre o potencial abuso dessa possível montanha-russa. Elas argumentam que pessoas vulneráveis, como os doentes, idosos, deficientes ou depressivos, poderiam sentir-se pressionadas, real ou imaginariamente, a optar por uma morte precoce. Além disso, a implementação desse conceito poderia levantar questões éticas e morais.
A saber, esse conceito foi exposto como parte da exibição HUMAN + na Science Gallery em Dublin, Irlanda, em 2011, e no Centro de Cultura Contemporânea de Barcelona, Espanha, em 2015. Depois, foi mencionado em algumas obras culturais, como a música "Euthanasia Roller Coaster" do grupo de rock norueguês Major Parkinson e o curta-metragem "H Positive" de Glenn Paton.
Confira mais informações e imagens da montanha-russa Euthanasia Coaster nos vídeos a seguir:
O conceito por trás da Euthanasia Coaster é mais do que um projeto de engenharia: ele desafia o espectador a refletir sobre o papel da tecnologia em experiências extremas e em questões delicadas, como o controle da própria vida.
Até hoje a estrutura nunca foi construída como uma atração em parques de diversões, ou seja, jamais foi implementado na prática. Ela permanece apenas como um símbolo de inovação controversa, exibido em exposições culturais ao redor do mundo e discutido amplamente.
Nota do editor: Se você ou alguém que conhece está enfrentando pensamentos suicidas ou problemas de saúde mental, saiba que a ajuda está disponível. No Brasil, entre em contato com o Centro de Valorização da Vida (CVV) pelo telefone 188, disponível 24 horas.
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Fontes: Wikipédia, Hypescience, R7.
Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.
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Eduardo Mikail
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