Atualmente, a Astroscale Holdings Inc. (ou somente “Astroscale”) é líder de mercado em manutenção de satélites e sustentabilidade espacial. E esse reconhecimento confirmado pelo bem-sucedido lançamento de sua missão ELSA-d. O nome é um acrônimo para "End-of-life-services by Astroscale demonstration".
O lançamento da missão comercial marca o início de uma iniciativa para avaliar as tecnologias básicas necessárias para a remoção de detritos espaciais. A ELSA-d consiste basicamente em dois satélites empilhados: um deles é um "servicer", que serve para justamente remover com segurança detritos da órbita. O outro, é um satélite que serve como uma réplica de detritos.
Na segunda-feira, 22 de março, às 6h07 (UTC), o sistema foi lançado pela GK Launch Services, no Cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão. O ELSA-d foi ao espaço em uma órbita de 550 km, em um foguete Soyuz.
ELSA-d é desenvolvido por empresa nipo-britânica
Desenvolvido pela empresa nipo-britânica Astroscale, a missão será operada a partir do centro de controle de manutenção em órbita do Reino Unido (IOCC), na Catapulta de Aplicações de Satélite em Harwell, nas proximidades de Oxford. O ELSA-d é um pequeno satélite projetado para encontrar e ligar-se a um satélite indesejado. Em seguida, ele será empurrado pelo satélite para a atmosfera da Terra, onde irá queimar e se desfazer .
Sendo assim, para esta demonstração, o ELSA-d levará uma espaçonave menor junto dela, simulando um pedaço de lixo espacial. Ele executará uma série de cenários de encontro e captura antes de queimar, completando a simulação.
“Tenho o prazer de confirmar que a equipe de Operações da Missão da Astroscale no In-Orbit Servicing Center em Harwell, Reino Unido, fez contato com nossa espaçonave ELSA-d com sucesso e estabeleceu que todas as verificações iniciais do sistema são satisfatórias”, disse Seita Iizuka, Gerente de Projetos da missão. “Parabenizo nossa equipe e estou ansioso para passar para a primeira fase de nossas demonstrações técnicas.”
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Sustentabilidade espacial é o objetivo da nova missão
A remoção de detritos espaciais é a chave para a sustentabilidade do espaço. Esta é mais do que necessária, pois é o que garantirá que novos satélites possam ser operados sem o risco de colidir com os antigos.
A Agência Espacial Europeia estima que 3.600 satélites em funcionamento estão em órbita. Além disso, mais de 28.000 fragmentos são atualmente rastreados pela Rede de Vigilância Espacial dos EUA. Estima-se que, na próxima década, mais de 10.000 satélites serão lançados, principalmente de provedores de Internet via satélite, a exemplo do SpaceX ou OneWeb.
Fontes: Astroscale; The Guardian
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Eduardo Mikail
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