O acidente vascular cerebral (AVC), também conhecido como derrame, mata milhões de pessoas no mundo todos os anos. Ele é normalmente causado por um fluxo sanguíneo deficiente para o cérebro e a sua rápida identificação pode salvar a vida do paciente. É aí que entra um dispositivo desenvolvido para ajudar no reconhecimento do problema em tempo hábil.
Como funciona o dispositivo que pode identificar AVC?
Pesquisadores da Army Medical University e da China Academy of Engineering Physics desenvolveram um aparelho que usa luz infravermelha para monitorar o fluxo sanguíneo. Nele, são usadas duas técnicas de medição que não são invasivas.
Para calcular a quantidade de oxigênio e sangue em uma área específica, o dispositivo usa espectroscopia óptica difusa do infravermelho próximo, que analisa a luz espalhada pelos tecidos. Por outro lado, para medir a taxa de fluxo sanguíneo é usada espectroscopia de correlação difusa. Simplificando, essas duas ferramentas são usadas para medir o volume, a oxigenação e o fluxo do sangue, dado que luz infravermelha penetra de 1 a 3 centímetros na pele.
Para testar, eles colocaram o dispositivo no braço de um indivíduo e inflaram uma braçadeira ao redor do bíceps, bloqueando a circulação sanguínea (bem-parecido com a medição da pressão arterial). Eles descobriram que a medição da luz foi menor quando o fluxo sanguíneo foi interrompida. Ela voltou ao normal quando o manguito foi removido do braço do paciente.
Com o dispositivo desenvolvido, os pesquisadores podem registrar um perfil abrangente da hemodinâmica do corpo. Alguns instrumentos anteriores já o faziam, mas o novo dispositivo complementa o diagnóstico.
Afinal, quanto mais rápido a equipe médica agir para descobrir o AVC, mais rápido é possível tratar e maiores são as chances do paciente, ou seja, a velocidade de descoberta é essencial. Além disso, o dispositivo desenvolvido é barato e compacto, tornando a descoberta viável.
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Fontes: Phys.org; AIP Advances.
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Larissa Fereguetti
Cientista e Engenheira de Saúde Pública, com mestrado, também doutorado em Modelagem Matemática e Computacional; com conhecimento em Sistemas Complexos, Redes e Epidemiologia; fascinada por tecnologia.