A natureza, algumas vezes, pode ser devastadora! Fenômenos causados pela ação do vento, variação de temperatura e umidade do ar são temidos pela sua agressividade e impactos nas cidades. Furacões, tornados e ciclones são os principais deles e apresentam características distintas. Mas você sabe quais são essas diferenças? Descubra no texto a seguir, do Engenharia 360!
A diferença entre 'clima' e 'tempo'
Antes de entender as particularidades dessas manifestações da natureza, é preciso saber diferenciar “clima” e “tempo”. Os dois termos são utilizados na meteorologia para se referir a mudanças na atmosfera. Conduto, quando os estudiosos falam em “tempo”, está considerando mudanças na atmosfera que aconteceram em um curto período – dias ou semanas. Mas quando utilizam a palavra “clima”, se referem às mudanças médias num longo período – como meses ou anos.
A saber, furacões tornados e ciclones são fenômenos do clima, com características próprias e ocorrências mais frequentes em determinados lugares do planeta.
Os três principais fenômenos do clima
1. Ciclone
Esse fenômeno é dividido em três grupos: ciclones tropicais, extratropicais e subtropicais. A primeira categoria se refere ao sistema de ar de baixa pressão que se forma sobre os mares tropicais. Se uma determinada área apresenta baixa pressão atmosférica significa que, nela, o ar “faz menos força sobre a Terra” do que em regiões vizinhas. Esse cenário atrai os ventos que sopram na direção dessa região para equilibrar a força sobre aquele trecho da superfície.
Os ciclones extratropicais também são sistemas de ar de baixa pressão; porém, são formados a partir da diferença de temperatura entre as várias camadas da atmosfera. Já os subtropicais apresentam características tanto dos ciclones tropicais quanto dos extratropicais.
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2. Furacão
Furacão e tufão são nomes regionais para fortes ciclones tropicais. Para que um ciclone tropical receba o nome de furacão, seus ventos devem ter velocidade superior a 120 km/h. E, aliás, quando isso ocorre, os ventos assumem uma forma de rosca e giram todos no mesmo sentido.
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Uma curiosidade é que, os furacões formados no Hemisfério Norte do planeta giram no sentido anti-horário enquanto os nascidos no Hemisfério Sul, giram no sentido horário. Isso ocorre por causa do Efeito Coriolis, que direciona os ventos em sentidos opostos em cada um dos hemisférios.
Quando ocorre no Oceano Atlântico ou nas áreas do Pacífico próximas às Américas, recebe o nome de furacão; quando se manifesta no Oceano Pacífico, mais próximo da Ásia e da Oceania, além do Oceano Índico, recebe o nome de tufão.
3. Tornados
Esse fenômeno da natureza acontece quando uma coluna de ar se liga ao mesmo tempo com o solo e com uma nuvem. Os ventos que formam essa coluna podem soprar a mais de 500 km/h.
Os tornados, assim como os furacões, são vórtices atmosféricos, mas com algumas características distintas. O tamanho do tornado fica em torno dos 100 metros, enquanto um furacão pode medir mais de 100 quilômetros. Suas formações também diferem – os tornados se formam a partir de uma única nuvem, já o furacão é partir de dúzias delas.
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Por exemplo, em novembro de 2023, uma cratera se formou na SC-135, em Santa Catarina, após chuvas e um tornado, levando ao colapso da rodovia. O incidente ocorreu durante o sexto tornado registrado no estado em novembro. O tornado, de intensidade fraca, causou danos em Rio das Antas, incluindo destelhamentos e destruição parcial de um galpão.
Então, mesmo com algumas diferenças, os furacões podem gerar tornados. Basta que um furacão se ligue ao solo.
Os furacões/tufões são muito maiores e mais lentos que os tornados que tendem a durar alguns poucos minutos e se deslocar pequenas distâncias. Além disso, o tornado pode ser observado em toda sua extensão a olho nu. Enquanto um furacão, por ser grande demais, apenas imagens de satélite ou de muito longe mostram seu tamanho completo.
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Fontes: National Geographic, Fiocruz.
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Comentários
Rafael Panteri
Estudante de Engenharia Elétrica no Instituto Mauá de Tecnologia, com parte da graduação em Shibaura Institute of Technology, no Japão; já atuou como estagiário em grande conglomerado industrial, no setor de Sistemas Elétricos de Potência.