Parece ficção, mas estudiosos descobriram recentemente três novidades surpreendentes e que devem mudar completamente os rumos de pesquisas em diferentes áreas da ciência. Só que são coisas que não poderíamos ver a olho nu. Claro que foi preciso usar instrumentos que pudessem ampliar imagens ao ponto de se enxergar milímetros e ainda muito menos que isso. E sabe o que lhes foi revelado? Bem, isso você só poderá saber no texto a seguir!
1. Ciência vê sinais de neutrinos no LHC
Em novembro de 2021, a Revista Physical Review D revelou uma descoberta feita pela equipe internacional de cientistas que trabalham no Large Handron Collider, localizado nas instalações do CERN, na Suíça. Primeiro eles identificaram o ponto certo de interação ATLAS no LHC onde se pode detectar neutrinos. Nesse processo, foi muito importante a utilização de detector de emulsão para fazer tal observação. O instrumento é feito de placas de chumbo e tungsténio alternadas com camadas de emulsão. Trata-se de um aparelho de ciência relativamente pequeno - com cerca de 30 kg. E o que ele consegue fazer? Bem, gerar uma fotografia semelhante ao que se conseguia na "era pré-câmera digital".
Quando um 35 milímetros é exposto à luz, os fotões deixam marcas reveladas como padrões quando o filme é revelado. As imagens obtidas pelos cientistas são hoje suficientes para se começar a compreender mais profundamente as partículas e seu papel no Universo. Elas já dão pistas sobre as energias das partículas ou seus valores (tau, muão ou eletrão). E mais, revelam se as partículas vistas são neutrinos ou antineutrinos.
"Antes deste projeto, nunca tinha sido visto um sinal de neutrinos num acelerador de partículas.",
"Tendo verificado a eficácia da abordagem do detetor de emulsão para observar as interações dos neutrinos produzidos num acelerador de partículas, a equipa está agora a preparar uma nova série de experimentos com um instrumento completo que é muito maior e significativamente mais sensível."
- professor de Física e Astronomia Jonathan Feng, em Irvine.
2. Cientistas criam robôs vivos que se reproduzem
Sim, é isso mesmo que você leu! Uma equipe especialista em robótica, ciência e briologia, composta por pesquisadores de diversas universidades dos Estados Unidos - sendo os líderes Joshua Bongard e Michael Levin - parece ter conseguido o impossível. Em 2020, eles já haviam apresentado sua versão de Xenobots ou Robôs Vivos feitos a partir de células de sapo. Agora eles descobriram um jeito de fazer com que esses organismos projetados por computador possam encontrar células individuais, recolher várias e meio que montá-las, dentro de uma estrutura especial, formando o que poderíamos chamar de "bebês robôs" parecidos com seus "pais". Loucura, não?
De fato, os cientistas ficaram bem surpresos com essas estruturas biológicas artificiais. Mais ainda por elas serem capazes de se replicar espontaneamente e ainda amadurecerem, ao passo de, em seguida, estarem mais uma vez construindo cópias de si. Aliás, essa pode ser considerada a primeira geração da história de robôs vivos que se conseguem replicar na história da ciência!
3. Câmera do tamanho de grão de sal gera imagens em alta definição
É impressionante! Mesmo com o avanço das novas tecnologias, ainda estão longes de ter câmeras ou lentes de celular capazes de captar imagens com um zoom tão poderoso quanto a micro câmera que mostraremos neste texto. Ela foi desenvolvida por pesquisadores das Universidades de Washington e Princeton, nos Estados Unidos. Seu tamanho é espantosamente como de um grão de sal grosso - aqueles tipo que costumamos usar em churrasco. E o mais legal é que consegue produzir imagens coloridas em alta definição.
A tecnologia funciona assim, em uma determinada superfície são instaladas uma série de micro câmeras. Só numa metasuperfície são cravejados milhões de pinos cilíndricos minúsculos, como chips de computador - cada um deles com uma geometria única -, e estes objetos poderiam se guiar sozinhos, com microantenas capazes de manipular a luz. Distante, ligado a esses dispositivos, haveria uma machine learning com um software capaz de fazer a leitura de algoritmos, otimizando os dados recebidos para formar imagens com alta qualidade.
Antes disso, em outras tentativas de desenvolvimento de câmeras, sempre havia obstáculos como campos de visão limitados e imagens distorcidas. Nesse campo, antes, em ambientes controlados de laboratório, se exigia até luz a laser para se tentar chegar a um bom desempenho em condições de luz natural, mas nada que se compare ao que se obteve agora. Contudo, os cientistas estão ainda trabalhando para adicionar mais habilidades à câmera, como detecção de objetos e outras tecnologias de sensoriamento que podem ser relevantes para a medicina e robótica.
Fontes: ZAP AERIOU, Globo, SAPO.
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