Unindo arquitetura, biologia e tecnologia, o Urban Algae Canopy é um projeto que tem a capacidade de produzir tanto oxigênio quanto uma floresta, por meio da utilização de microalgas e sistemas de cultivo digital em tempo real. A estrutura permite controlar o fluxo de energia, água e dióxido de carbono, baseando-se em variáveis ambientais, como clima e movimento no entorno.
Idealizado pela ecoLogicStudio, empresa londrina de arquitetura, urbanismo e design, o projeto inovador já foi apresentado em Milão e incentivou a interação do público com a estrutura. Considerado o primeiro sistema bio-digital desse tipo, ao ser finalizado poderá produzir a quantidade de oxigênio correspondente a quatro hectares de floresta e 148 quilos de biomassa ao dia.
+ Como funciona?
Após seis anos de pesquisa e desenvolvimento, Marco Poletto e Claudia Pasquero, fundadores da ecoLogicStudio e líderes da equipe que criou o Urban Algae Canopy, conseguiram chegar ao modelo que consideravam ideal. O revestimento da estrutura possui três camadas que aprimoram as propriedades das microalgas. Para controlar a água que preenche a peça e alimenta os organismos vivos, eles aplicaram um sistema específico de soldagem.
Porém, para funcionar devidamente, o Urban Algae Canopy depende da luz solar: quanto mais intensa for, melhor. É por meio dela que as microalgas crescem e realizam a fotossíntese. A vantagem é que a transparência do dossel pode ser controlada e até mesmo reduzida, para proporcionar mais sombra a quem estiver posicionado debaixo dela.
A tecnologia permite controlar o comportamento natural em tempo real: o exterior influencia diretamente as cores, a transparência, as sombras e o potencial do Urban Algae Canopy. Por enquanto, o protótipo tem se mostrado eficiente nos testes públicos onde é exibido, mas espera-se que ele possa ser usado nos meios urbanos, contribuindo com a beleza das cidades e a qualidade de vida de seus habitantes.
Fontes: Ciclo Vivo e ecoLogicStudio.