Existe um material no mundo apelidado pelos cientistas como 'ouro azul'. Sabe qual é? Bem, trata-se do cobalto, um elemento químico tóxico, de cor prateada-azulada - por isso o nome -, e versátil, podendo ser usado em várias aplicações industriais, como fabricação e superligas. Por isso, ele é bastante valorizado no mundo das Engenharias, sobretudo de Energia e Eletrônica, pensando em um futuro mais verde. Saiba mais sobre isso no texto a seguir, do Engenharia 360!
De onde provém a maioria da produção de cobalto no mundo?
Antes de tudo é preciso destacar que o 'ouro azul' apresenta uma disponibilidade bem limitada no planeta Terra. Sua extração é concentrada em poucos países ao redor do globo. E existe uma discussão muito séria para que esse processo seja mais responsável, ético e sustentável, que só pode acontecer, de fato, com um maior desenvolvimento tecnológico e educação ambiental.
Há muito mais desafios relacionados à extração do cobalto em comparação a outros metais. A maioria da produção vem hoje da República Democrática do Congo. Infelizmente percebe-se um grande impacto negativo social e econômico dessa mineração no país, incentivando o trabalho infantil, condições precárias de trabalho e problemas ambientais. Em contrapartida, existe uma pressão de influência internacional para a continuidade dessa prática, com a defesa de que o cobalto ajudaria as indústrias na redução de emissões, sendo o material fonte para energia "verde".
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Quais são as aplicações do cobalto na indústria tecnológica?
Agora vamos à parte que mais nos interessa, saber como a indústria usa hoje o cobalto. Pois bem, esse elemento desempenha um papel importante na produção de vários produtos de Engenharia Eletrônica, Engenharia Aeroespacial, Engenharia Física, e mais. Por exemplo, ímãs permanentes, transistores e semicondutores, eletrificação para transportes, e baterias de íon de lítio.
Inclusive, os especialistas afirmam que baterias recarregáveis contendo o tal 'ouro azul' são fundamentais para o armazenamento de energia renovável, permitindo que a energia gerada a partir de fontes intermitentes, como o sol e o vento, seja armazenada e usada quando necessário, tornando o fornecimento de energia mais estável e sustentável.
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A saber, o cobalto tornaria as baterias de íon de lítio mais eficientes e com maior autonomia. E na indústria aeroespacial, o elemento deixaria as superligas usadas em turbinas de aeronaves e geradores de energia eólica mais resistentes a altas temperaturas.
O cobalto no progresso tecnológico e a sustentabilidade
Como sabemos, o objetivo maior das engenharias é tornar seus processos menos impactantes para o meio ambiente. Existe uma preocupação muito grande e uma necessidade urgente com relação às emissões industriais. E o cobalto ajudaria, por exemplo, na dessulfurização e na reciclagem de plásticos.
As propriedades desses materiais são, de fato, únicas. É preciso garantir a continuidade correta de sua extração. Falamos tanto em um futuro com mais energias renováveis e veículos elétricos. Para isso precisaremos do cobalto. Resumindo, a gestão responsável do cobalto e o desenvolvimento de alternativas são cruciais para equilibrar o avanço tecnológico com a sustentabilidade.
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Fontes: Metored.
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Eduardo Mikail
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