No início de março, foi inaugurado o primeiro projeto-piloto no mundo de usina solar flutuante em lago de hidrelétrica. Localizada na Hidrelétrica de Balbina, em Presidente Figueiredo, no estado do Amazonas, a usina possui placas fotovoltaicas flutuantes que irão gerar, no início, um megawatt (MW) de energia. Porém, a partir de outubro de 2017, a potência deve aumentar para cinco MW, quantidade suficiente para produzir eletricidade para 9 mil casas.
Embora projetos semelhantes não sejam inéditos, a diferença é que foram implementados em reservatórios comuns de água. A engenharia da usina solar flutuante amazonense, por outro lado, é utilizada nos lagos da Hidrelétrica de Balbina, possibilitando o aproveitamento de sub-estações e de linhas de transmissão já existentes, além da lâmina d’água dos reservatórios, o que evita a desapropriação de terras.
Pesquisadores analisarão o grau de eficiência da interação da usina solar com a hidrelétrica, assim como a influência no ecossistema dos reservatórios. Com os resultados em mãos, espera-se que a usina solar seja capaz de gerar 300 MW, que corresponde ao abastecimento de 540 mil casas. Caso o projeto seja realmente bem sucedido, outras hidrelétricas brasileiras poderão receber usinas solares flutuantes, aproveitando seus espaços para coletar energia solar em seus reservatórios.