Engenharia 360

Próximo wearable útil na engenharia pode ser um braço robótico

Engenharia 360
por Kamila Jessie
| 18/06/2020 2 min

Próximo wearable útil na engenharia pode ser um braço robótico

por Kamila Jessie | 18/06/2020

O dispositivo, que fica preso no quadril do usuário, pode auxiliar a realizar várias tarefas

Engenharia 360

O dispositivo, que fica preso no quadril do usuário, pode auxiliar a realizar várias tarefas

O Engenharia 360 está sempre atento a novidades em wearables, os famosos vestíveis de tecnologia, esperando por relógios, óculos, dentre outros itens mais convencionais. Desta vez, no entanto, a gente se surpreendeu com o wearable nada discreto projetado por pesquisadores da Universidade de Sherbrooke, no Canadá: trata-se de um braço que fica preso no quadril do usuário e usa um manipulador de três dedos para realizar uma série de tarefas.

Engenheira testando braço robótico vestível.
Imagem: Universidade de Sherbrooke.

Apesar do tamanho chamar atenção, o braço robótico vestível e pesa “apenas” quatro quilos, o que pode parecer estranho, mas é o equivalente médio ao um braço humano. E já que é uma tecnologia, vamos falar de especificações: o braço tem três graus de liberdade, pode se mover a uma velocidade de 3,4 m/s e é levantar cinco quilos (para a frustração dos crossfiteiros).

PUBLICIDADE

CONTINUE LENDO ABAIXO

Detalhe importante é que o braço robótico vestível exige uma fonte de energia externa, o que pode apresenta algumas restrições de uso. Porém, isso pode não ser muito estranho se o usuário estiver trabalhando em uma oficina, possivelmente, ou se a fonte de energia puder ser movida sobre rodas, talvez até seguindo o usuário de forma autônoma.

Aplicações do braço robótico vestível

Considerando que a gente ainda não vive nenhum cenário cyberpunk, o braço robótico vestível ainda estaria limitado em usos gerais. Entretanto, no universo da Engenharia, sabemos que há uma variedade de tarefas para as quais um braço robótico extra poderia ser utilizado. Exemplos seriam imitar os movimentos do usuário, acelerando trabalhos ou também atuar como assistente, passando ferramentas.

Vale mencionar que as aplicações são aspirações hipotéticas. A tecnologia não está pronta para ser lançada em fábricas ou oficinas, sendo o controle, talvez, o maior fator limitante. O braço robótico não é autônomo e, no momento, é manipulado por terceiros. Mas não pense que outras interfaces não estão sendo desenvolvidas por aí.

Pesquisas paralelas podem estreitar o desenvolvimento do wearable

Embora não esperamos a implementação comercial massiva de um wearable como este tão em breve, esse tipo de projeto é fundamental para o desenvolvimento de ciência e tecnologia. Exemplo claro seria o estímulo a desenvolver pesquisas que ajudassem profissionais de engenharia a resolver dificuldades em potencial.

PUBLICIDADE

CONTINUE LENDO ABAIXO

No vídeo abaixo, é possível identificar a dificuldade do usuário em lidar com o terceiro membro executando movimentos rápidos ou intensos. A busca por uma forma de compensar a inércia criada pelos golpes seria um tema possível.

Conta para a gente: você usaria um desses?

Fonte: IEEE Spectrum. The Verge.

Comentários

Engenharia 360

Kamila Jessie

Doutora em Hidráulica e Saneamento pela Universidade de São Paulo (EESC/USP) e Mestre em Ciências pela mesma instituição; é formada em Engenharia Ambiental e Sanitária pelo Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG) com período sanduíche na University of Ottawa, no Canadá; possui experiência em tratamentos físico-químicos de água e efluentes; atualmente, integra o Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CePOF) do Instituto de Física de São Carlos (USP), onde realiza estágio pós-doutoral no Biophotonics Lab.

LEIA O PRÓXIMO ARTIGO

Continue lendo