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Arquitetura de Cemitérios: Como projetar espaços funerários sustentáveis e conectados às cidades?

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por Simone Tagliani
| 15/03/2021 | Atualizado em 02/11/2024 4 min
Imagem de Thanh Nhan LE em Pexels

Arquitetura de Cemitérios: Como projetar espaços funerários sustentáveis e conectados às cidades?

por Simone Tagliani | 15/03/2021 | Atualizado em 02/11/2024
Imagem de Thanh Nhan LE em Pexels
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A arquitetura, assim como outras áreas, enfrenta desafios complexos atualmente, e um dos mais urgentes é a criação de monumentos fúnebres respeitosos. Com o aumento das taxas de mortalidade em decorrência da pandemia, a importância de pensar em cemitérios urbanos que harmonizem com o meio ambiente e as necessidades das cidades é cada vez maior.

Mas como abordar o tema da morte de uma forma social e cívica? Como criar uma arquitetura de cemitérios que lembre a efemeridade da vida e respeite as questões espaciais e ambientais? Essas são as reflexões que o Engenharia 360 traz neste artigo, explorando como a arquitetura funerária pode se integrar ao tecido urbano.

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Cemitério Parque das Cerejeiras - Imagem reproduzida de ArchDaily
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Cemitério Parque das Cerejeiras - Imagem reproduzida de ArchDaily

Uma nova perspectiva sobre cemitérios e sustentabilidade

Pensar na arquitetura de cemitérios envolve complexas questões éticas, religiosas e culturais, mas, além disso, exige uma reavaliação ambiental. Atualmente, novos projetos buscam alternativas sustentáveis aos métodos tradicionais. Um exemplo inovador é o Sylvan Constellation, desenvolvido pela Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, que propõe que propõe a transformação da decomposição dos corpos em energia que faz brilhar urnas integradas a florestas.

Essa ideia de cemitérios ecológicos pode ser uma resposta à crescente demanda por soluções que respeitem o meio ambiente e incentivem uma visão mais harmônica da morte.

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Sylvan Constellation - Imagem reproduzida de Inhabitat

Veja Também: Conheça a engenharia do cemitério mais alto do mundo, local escolhido para o descanso final de Pelé

Cemitérios urbanos e sua conexão com a cidade e o cotidiano

Algumas pessoas ainda mantêm uma visão mais conservadora com relação à morte, preferindo manter os restos de seus entes queridos em cemitérios. Mas este local de honra e recordações não precisa ser necessariamente desconectado do tecido das cidades brasileiras, por exemplo. Ao contrário disso, poderia ser um epicentro de artes, arquitetura e paisagismo.

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Projetos ao redor do mundo mostram que os cemitérios podem ser vistos como pontos de encontro social e cultural, desmistificando a morte e promovendo um ambiente de reflexão sobre a vida e a natureza.

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Caveira mexicana - Imagem de vecstock em Freepik

Um exemplo é o Cemitério do Père-Lachaise em Paris, que une áreas verdes e arte, ajudando a mudar a visão negativa desses espaços e integrando-os ao cotidiano urbano.

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Cemitério do Père-Lachaise - Imagem de Pixabay

A evolução histórica da Arquitetura Funerária

Quem pensa que não há evolução na arquitetura de cemitérios está enganado! Aliás, se analisarmos toda a história da arquitetura mundial, veremos claramente vestígios desta transformação.

Já na Antiguidade, tivemos os grandes monumentos funerários, como as famosas pirâmides do Egito e o Taj Mahal na Índia. Mas no final do século XIX, esse modelo de arquitetura deu um salto. Por uma questão de necessidade, relacionada aos problemas de superlotação nos antigos cemitérios, que eram bastante insalubres, novos espaços foram construídos. Em cidades como Londres e Paris, os cemitérios parques tornaram-se uma alternativa que, inclusive, ajudou a acrescentar mais centros sociais e áreas verdes aos tecidos urbanos.

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Taj Mahal - Imagem de Sudipta Mondal em Pexels

Projetos contemporâneos de arquitetura e urbanismo demonstram que cemitérios não devem ser encarados apenas como locais para o descanso final ou simples depósitos de corpos. Esses espaços também precisam assumir um compromisso com a qualidade das cidades e, ironicamente, com a vida das gerações futuras. Isso implica pensar no bem-estar da comunidade, na preservação ambiental e na integração com o entorno urbano. Um exemplo notável dessa visão é o Cemitério de San Cataldo, projetado pelo arquiteto Aldo Rossi, que incorpora esses valores em seu design inovador.

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San Cataldo - Imagem reproduzida de Failed Architecture
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HofmanDujardin Reimagine - Imagem reproduzida de ArchDaily

O futuro da Arquitetura Funerária

Os cemitérios modernos não são apenas locais para o descanso final, mas também são espaços que refletem o compromisso com a sustentabilidade, o urbanismo e a preservação ambiental. Essa nova visão nos convida a pensar na arquitetura funerária como uma parte importante do planejamento urbano, contribuindo tanto para a qualidade ambiental das cidades quanto para o bem-estar da sociedade.

O que você acha dessa nova perspectiva sobre cemitérios urbanos? Compartilhe sua opinião nos comentários!

Veja Também: Como lidar com áreas contaminadas?


Fontes: Lopes, ArchDaily, PROA.

Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

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Simone Tagliani

Graduada nos cursos de Arquitetura & Urbanismo e Letras Português; técnica em Publicidade; pós-graduada em Artes Visuais, Jornalismo Digital, Marketing Digital, Gestão de Projetos, Transformação Digital e Negócios; e proprietária da empresa Visual Ideias.

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