Em breve, o Coliseu de Roma, um dos ícones arquitetônicos da antiguidade, passará por uma importante reforma. A decisão da renovação está prescrita na famosa encíclica Laudato Si, de Papa Francisco, comunicação escrita onde o pontífice critica o consumismo e o desenvolvimento irresponsável. Além disso, a carta é um apelo à unificação global para combater a degradação ambiental e as alterações climáticas.
Reforma na área central da Arena
Os planos para a reforma foram elaborados, aliás, um ano antes da encíclica Laudato Si. Segundo o site Crux Now, as reformas terão foco na instalação de um piso retrátil sobre a área central da arena. Hoje, o local é apenas coberto por uma plataforma menor, sendo que as ruínas circundantes ficam expostas.
Curiosidades sobre o Coliseu
Com efeito, desde meados do século XIX, o andar central do Coliseu está quase ausente. À época, arqueólogos queriam mostrar os túneis e corredores subterrâneos que existem abaixo do nível do solo.
A arena é também chamada de “Anfiteatro Flaviano”, pois era a Dinastia Flaviana que estava no poder na época de sua edificação, cerca de 70 d.C. Já o nome “Coliseu” foi dado pelo fato de ser construído sobre o lago da casa do Imperador Nero onde havia uma grande estátua com a imagem do imperador, chamada de “Colosso”.
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Conceito sustentável do projeto
O projeto conta com uma série de renovações ecológicas. O novo piso contará com painéis de madeira retráteis, por exemplo. Além disso, eles terão a capacidade de rotação, o que permitirá que a luz solar alcance a área subterrânea do Coliseu.
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Devido a terremotos, escombros e a erosão natural, a área subterrânea precisa de muitos reparos. Por isso, ela ganhará 24 unidades de ventilação mecânica, a fim de controlar a umidade e a temperatura. Ademais, para deixar a instalação mais sustentável, os banheiros serão alimentados com água da chuva.
Perspectiva de conclusão
Recentemente, o Ministro da Cultura da Itália, Dario Franceschini, declarou para The Local que o projeto é “ambicioso”. Dario expressou esperanças de que o local pudesse sediar uma variedade de eventos culturais.
Anteriormente, em 2014, o Ministério da Cultura da Itália já pensava em instalar o piso. Sete anos depois, após uma chamada pública, o projeto foi entregue à firma milanesa Ingegneria.
Com o custo de cerca de 15 milhões de euros para ser concluído, a previsão é que as obras sejam iniciadas entre o final de 2021 e o início de 2022. O piso retrátil, de 3.000 metros quadrados, deverá estar pronto para receber visitantes em 2023.
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Fontes: Aleteia; Mymodernmet; Archdaily; Todamateria.
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Joachim Emidio Ribeiro Silva
Pesquisador, professor e artista. Colaborador do E360, difunde notícias e atualidades da Engenharia e todos os seus desdobramentos. É especialmente curioso sobre os campos de intersecção entre Engenharia e Música, como a Acústica e a Organologia. Atualmente é pós-graduando em Performance Musical pelo Instituto de Artes da UNESP, em São Paulo, SP.