Engenharia 360

Tecnologia brasileira associa nanotecnologia e sustentabilidade

Engenharia 360
por Larissa Fereguetti
| 24/06/2013 | Atualizado em 15/07/2022 2 min

Tecnologia brasileira associa nanotecnologia e sustentabilidade

por Larissa Fereguetti | 24/06/2013 | Atualizado em 15/07/2022
Engenharia 360

A manipulação da matéria em escala atômica está cada vez mais presente na vida das pessoas e é conhecida como nanotecnologia. Tal nome surgiu da escala de medida nanômetro e ainda é relativamente recente.

Mas, a novidade é a descoberta do físico brasileiro Joner de Oliveira Alves que, em sua tese de doutorado, uniu nanotecnologia e sustentabilidade, conseguindo transformar gases poluentes em nanotubos de carbono.  Tais nanotubos consistem em átomos de carbono arranjados e são estruturas cuja aplicação depende do procedimento utilizado e das propriedades do material, ou seja, a aplicação varia conforme o arranjo dos átomos. Normalmente é utilizado como reforço em materiais poliméricos e cerâmicos e possui diversas outras aplicações, como eletroeletrônicos e tecnologias diversas.

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Em laboratório foram realizados testes com quatro tipos de resíduos. Primeiramente, os resíduos são aproveitados para gerar energia e os gases resultantes são transformados em nanotubos. O procedimento consiste em incinerar os resíduos em um forno e filtrar, resultando apenas em gases. Depois, um catalisador é responsável por quebrar os hidrocarbonetos dos gases em carbonos e hidrogênios. O carbono fica retido em forma sólida, onde são encontrados os nanotubos, e o hidrogênio é liberado na atmosfera.

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Entre os gases testados, o que apresentou melhor resultado foi o proveniente da queima do bagaço de cana, gerando mais nanotubos e com maior pureza. A técnica é importante porque, além de não poluente, diminui a acumulação desses resíduos em lixões.

Embora com ampla utilização, os nanotubos de carbono não são produzidos em larga escala no Brasil, mas a técnica de Alves pode mudar essa situação e, ainda, reduzir o valor dessa tecnologia. Desenvolvida na modalidade sanduíche na USP e na Northeastern University, em Boston, a tese já recebeu vários prêmios ligados à sustentabilidade e ao tratamento de resíduos.

Veja Também: Nanotecnologia na engenharia civil: das fachadas à despoluição de águas superficiais


Fonte: Exame

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Larissa Fereguetti

Cientista e Engenheira de Saúde Pública, com mestrado, também doutorado em Modelagem Matemática e Computacional; com conhecimento em Sistemas Complexos, Redes e Epidemiologia; fascinada por tecnologia.

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