Os veículos autônomos já começam a se tornar uma realidade comum, e a corrida por tecnologias avançadas para esses automóveis está em expansão. Porém, um fator essencial (mas frequentemente esquecido) é a segurança nos testes desses veículos. Para enfrentar esse desafio, pesquisadores desenvolveram uma plataforma inovadora voltada para a segurança de testes de veículos autônomos.
Com o intuito de aumentar a segurança na tecnologia de veículos autônomos, em 2019, os pesquisadores testaram uma ferramenta poderosa: a Inteligência Artificial (IA). No entanto, o uso de IA em veículos autônomos não é simples, devido à complexidade dos sistemas envolvidos. Isso inclui componentes elétricos e mecânicos do veículo, além de variáveis externas como clima, condições da estrada, iluminação e o padrão de tráfego. Saiba mais no artigo a seguir, do Engenharia 360!
Como funciona a plataforma de testes para veículos autônomos
O que os pesquisadores fizeram foi criar uma plataforma que permite que a segurança em veículos autônomos seja abordada de forma mais rápida e econômica. Para isso, há parceria com diversas empresas e startups da área.
Para se ter uma ideia da complexidade, precisamos considerar que veículos autônomos usam IA e Machine Learning para integrar tecnologias mecânicas, eletrônicas e de computação para tomar decisões em tempo real. É quase um supercomputador sob quatro rodas: são mais de 100 milhões de linhas de código funcionando por trás da maquinaria.
Desafios na fase de testes
Há uma grande preocupação com relação a sensores de software e hardware desses veículos autônomos. Uma falha pode ser fatal! A menos que o veículo já seja treinado para resolver problemas imprevisíveis que possam ocorrer durante uma viagem, a consequência pode ser catastrófica. Também não é viável só reiniciar o veículo (como fazemos muitas vezes com aparatos tecnológicos – e que resolve o problema de forma mágica em grande parte das vezes).
Tudo isso mostra o risco que um veículo autônomo em fase de testes oferece quando circula livremente pelas ruas. O grupo de pesquisa analisou diversos relatórios de segurança enviados por empresas que testam seus veículos entre 2014 e 2017 e descobriram que carros guiados por humanos eram até 4000 vezes menos propensos a sofrer acidentes que os autônomos. Esse número alarmante mostra que ainda há muito o que melhorar.
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O papel dos dados na tomada de decisões sobre os veículos autônomos
O que os pesquisadores também verificaram foi que é preciso ter uma grande quantidade de dados para ensinar o veículo a tomar decisões corretas quando acontecem erros de software ou de hardware.
Atualmente, eles desenvolvem técnicas e ferramentas para gerar condições de condução e problemas que maximizam a segurança de veículos autônomos. Usando suas técnicas, eles podem encontrar cenários críticos de segurança em que os erros podem levar a acidentes sem precisar enumerar todas as possibilidades, o que representa uma economia de tempo e de dinheiro.
A saber, essa pesquisa foi publicada em três artigos científicos e mostra um grande avanço na área de segurança em veículos autônomos.
Fontes: TechXplore.
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Larissa Fereguetti
Cientista e Engenheira de Saúde Pública, com mestrado, também doutorado em Modelagem Matemática e Computacional; com conhecimento em Sistemas Complexos, Redes e Epidemiologia; fascinada por tecnologia.