As tecnologias estão evoluindo rápido, especialmente no campo da robótica. Recentemente, pesquisadores da Universidade de Tóquio, no Japão, liderados pelo professor Shoji Takeuchi, desenvolveram uma pele viva e realista, bem parecida com a pele humana, com a incrível capacidade de se curar sozinha. Essa inovação promete revolucionar a ciência, abrindo novas possibilidades em áreas como a Medicina. Saiba mais no artigo a seguir, do Engenharia 360!
Como funciona a nova tecnologia
O que os cientistas japoneses fizeram foi desenvolver uma pele artificial em laboratório. Mas o diferencial dessa nova tecnologia é a utilização de células cutâneas humanas cultivadas, manipuladas para imitar as estruturas da pele humana (incluindo ligamentos) e conseguir, ao mesmo tempo, se fixar adequadamente ao corpo robótico. Isso permitiria ao esqueleto do robô realizar movimentos mais naturais e realistas juntamente com os componentes mecânicos.
Vale destacar que em tentativas anteriores a pele sempre se descolava ou rasgava; e, como sabemos, a flexibilidade é crucial para que os robôs possam operar em ambientes humanos sem sofrer danos.
Já nesse caso, um gel de colágeno é utilizado para fixar então essa pele no robô, que preenche as pequenas perfurações em forma de "V" feitas nos materiais sólidos do dispositivo. É claro que, durante os movimentos, pequenas fissuras podem surgir ou o robô pode sofrer arranhões e cortes. Mas o bom é que esse novo material é capaz de se autorreparar, a depender da gravidade da situação. Tudo isso foi bem documentado e divulgado na revista científica Cell Reports Physical Science.
A revolução da biohibridização na robótica
Antes de continuarmos a contar a história do novo robô japonês, vale comentar sobre a biohibridização. Esse é um campo de emergência dentro da ciência, que combina engenharia mecânica e biologia para o desenvolvimento de sistemas robóticos; mas não sistemas quaisquer, sistemas que imitam a aparência humana e suas funções biológicas. E justamente o laboratório do professor Takeuchi conseguiu avanços notáveis nessa área, como criar modelo de carne artificial impressa em 3D e pequenos robôs que andam utilizando tecido muscular biológico.
Por que todo esse esforço? Bem, em parte tem a ver com a estética, mas a funcionalidade ainda é o fator crucial. Tem-se um consenso de que os robôs devem, no futuro, ser capazes de realizar tarefas cada vez mais complexas - afinal, é para isso que eles são criados. Ademais, eles precisam interagir com os humanos de maneira segura e eficaz. E as peles artificiais proporcionariam uma camada de proteção (e até sensibilidade talvez), permitindo que esses dispositivos possam realmente operar em ambientes considerados arriscados.
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Agora, vamos combinar que, se a aparência dos robôs ficar mais agradável, a aceitação dos humanos para uma interação, usando essas máquinas como assistentes ou cuidadores, será maior. A ideia dos cientistas é essa mesmo, transformar a forma como percebemos a robótica para que ela faça mais parte de nossas vidas.
A conexão total entre humanos e máquinas pode, em muito, depender disso! Imagine um futuro onde robôs com pele artificial possam ajudar em lares, hospitais ou até mesmo no atendimento ao cliente, apresentando expressões faciais e reações emocionais. Não seria incrível?!
Veja Também: Cientistas produzem pele artificial flexível para robôs
As aplicações potenciais da nova tecnologia
Já podemos prever que uma invenção como essa dos japoneses deve ter um impacto profundo em várias indústrias, se mostrando extremamente útil em muitas áreas, sobretudo relacionadas à Medicina. Explicamos! Para começar, essa pele realista pode ser usada em robôs para ensino de técnicas cirúrgicas. Mas podemos ir mais longe, pensando nos novos campos de pesquisa com peles artificiais.
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Essa pele humana cultivada em laboratório poderá servir de base para estudos sobre o envelhecimento e possíveis tratamentos estéticos, tendo os modelos robóticos como "cobaias". Novas fórmulas cosméticas poderão ser testadas, sem risco e de maneira mais eficaz e realista, nessas peles sintéticas. E a capacidade desse tecido sintético de se autorreparar pode inspirar o desenvolvimento de outras soluções na ciência e engenharia.
O futuro dos robôs com peles artificiais
Apesar dos avanços significativos que a ciência deu nos últimos anos, ainda existem desafios a serem superados antes que ideias como a da pele artificial com células cutâneas humanas cultivadas possa ser amplamente utilizada na robótica. Os pesquisadores devem continuar o estudo visando integrar algum tipo de "rede sanguínea" de fornecimento de nutrientes e umidade a esse tecido, para que o material realmente possa replicar as funções de pele humana natural.
O professor Takeuchi já reconheceu em entrevistas que sua equipe ainda precisa superar alguns obstáculos. Um dos principais é a questão da durabilidade e resistência da pele artificial que desenvolveram - afinal, para que ela possa ser usada em larga escala, precisará manter as suas propriedades ao longo do tempo.
Outra meta é incorporar no material elementos como glândulas sudoríparas, glândulas sebáceas e nervos, permitindo que os robôs possam responder a estímulos sensoriais, como temperatura e toque. Por fim, trabalhar sua propriedade para ganhar mais resistência a contaminações biológicas, resistindo a danos adversos.
Fontes: History, BBC, Superinteressante.
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Eduardo Mikail
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