Singapura será o primeiro local a usar o reconhecimento facial no programa de identificação nacional. Do ponto de vista tecnológico, a proposta é interessante, mas desperta uma grande preocupação: até onde vai a privacidade?
A proposta é que, a partir de 2021, milhões de pessoas que vivem em Singapura poderão acessar agências governamentais, bancos e outros serviços apenas com o escaneamento facial. Com isso, não haverá necessidade de uma senha de segurança.
O problema é que, enquanto por um lado a vida fica mais fácil – assim como quase toda tecnologia – ela também levanta alguns problemas, como a falta de privacidade, insegurança e vulnerabilidade. Atualmente, a verificação facial já é adotada para muitos procedimentos, como para desbloqueio de telas e alguns pagamentos, além de verificações de segurança em aeroportos.
No caso de Singapura, o projeto é bem ambicioso e visa adicionar o reconhecimento facial a um banco de dados de identificação nacional. A tecnologia consiste em capturar fotos do rosto de uma pessoa sob diferentes intensidades de luz. Tais imagens são comparadas com os dados do governo, como passaportes e outros documentos de identificação.
Um dos problemas relacionados a essa tecnologia é sobre algumas agências governamentais escaneando rostos em aglomerações de pessoas para identificar criminosos. É preciso considerar que essas tecnologias não são perfeitas e podem cometer muitos erros. Um deles nós já mostramos aqui no Engenharia, é o fato de que as tecnologias de reconhecimento facial possuem viés para afrodescendentes e asiáticos, o que poderia levar à identificação errada.
A insegurança de muitos ativistas é sobre como esses dados serão usados. Mesmo que os eless sejam destinados exclusivamente para determinados usos, não é garantido que não vai acontecer algo (como ataque hacker, venda de dados, etc.). Como toda tecnologia, é preciso buscar uma solução ética que não ultrapasse determinados limites de privacidade.
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Referências: TechXplore
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Larissa Fereguetti
Cientista e Engenheira de Saúde Pública, com mestrado, também doutorado em Modelagem Matemática e Computacional; com conhecimento em Sistemas Complexos, Redes e Epidemiologia; fascinada por tecnologia.