Não sei se você tem o mesmo pensamento doido que eu. Mas, às vezes, fico imaginando que tipo de seres já caminharam no exato local onde moro. Será que já passaram pelo meu terreno dinossauros ou grandes tatus e preguiças-gigantes? E o que dizer do mar? Será que as águas já cobriram esta região do continente? Por exemplo, a cidade de Santa Cruz do Sul, no Rio Grande do Sul, há quase 170 km do litoral, tem locais com resquícios de conchas e organismos marinhos fossilizados em seu solo. Isso indica que realmente a Terra já foi bem diferente de como conhecemos hoje.
A origem dos continentes
Na escola, ouvi dizer que o continente mais antigo do mundo era a Pangeia. Contudo, os cientistas afirmam que existiram outros "desenhos" do nosso planeta antes mesmo disso. Mesmo assim, é mega importante estudarmos a Pangeia, pois só assim conseguiremos compreender como o nosso planeta chegou às posições atuais dos continentes que temos hoje. Felizmente, isso começou a ser considerado em 1596, quando o "pai do Altas Moderno", o holandês Abraham Ortelius, levantau tal hipótese.
Ele considerou que as Américas, em algum momento, foram "rasgadas" e afastadas da Europa e África. Louco não? E parece que isso aconteceu por conta de sucessivos terremotos e inundações. Então, 200 milhões de anos atrás, na Era Paleozóica, existia a Pangeia e um gigantesco oceano chamado Pantalassa. Na sequência, a Laurásia (América do Norte e Eurásia) e Gondwana (América do Sul, África, Índia, Austrália e Antártida) no Mar de Tétis, em 130 milhões de anos. E América do Norte e Eurásia e entre a América do Sul, África e Oceania em 84 milhões de anos, na Era Cenozóica - sendo que, entre isso, a Índia colidiu com a Ásia, formando também a cordilheira do Himalaia, onde fica o Everest, o monte mais alto do planeta.
Bônus 1 | Veja milhares de anos do Brasil
Neste site (clique aqui para conferir), você pode descobrir como era qualquer local do mundo há milhares de anos. Teste colocando o nome da sua cidade; é muito divertido! Nós usamos como referência o Rio de Janeiro. Veja a seguir!
Nas imagens acima, você pode ver a cidade do Rio com diferença de milhares de anos. Pode-se ver o território com vegetação, água, terreno árido e até gelo, a depender do período da história!
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O próximo continente da Terra
Existe uma lenda de que, no passado, existia um povo muito evoluído em uma terra chamada Atlântida. Contudo, apesar de muitas pesquisas científicas já realizadas sobre o tema, ninguém nunca encontrou evidências verdadeiras. Alguns pesquisadores supõem que essas pessoas viviam em um continente que já não existe, submerso nas águas do Atlântico. O fato é que a única coisa que sabemos que as placas tectônicas sobre o manto estão em constante movimento, gerando terremotos e inundações, e que isso poderia gerar uma nova alteração no Mapa Mundi.
Aliás, não é que pode acontecer, vai acontecer, como sempre aconteceu na história da Terra. Inclusive, um grupo de pesquisadores da Curtin University, na Austrália, afirmam que teremos um próximo supercontinente no mundo; e o mesmo já foi até batizado com o nome de Amásia. Ele deverá se formar quando o Oceano Pacífico estiver completamente fechado - processo que ocorre lentamente e que deve ser concluído dentro de 200 ou 300 milhões de anos.
Esse movimento parece fazer parte de uma espécie de ciclo, que acontece a cada 600 milhões de anos. Então, a perspectiva é de que os nossos continentes atuais devem se reunir novamente, enquanto a Austrália se chocará com a Ásia, empurrando-a em direção à América, fechando o Oceano Pacífico - ou seja, o que restou do super oceano Panthalassa, que começou a se formar há 700 milhões de anos. Isso foi provado em simulações de computador.
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E o que deve acontecer com o nosso planeta depois dessa nova formação? Bem, é provável que haverá mais uma nova alteração drástica do ecossistema e meio ambiente. Tudo ficará diferente mais uma vez. A Amásia será muito árida, com altas temperaturas diárias. Então, talvez, haverá um outro ser - talvez um humano mais evoluído, se a nossa raça tiver sorte - que pisará sobre o local onde moro, refletindo sobre o que houve há milhares de anos, exatamente como faço agora.
Bônus 2 | Veja um bilhão de anos de movimento das placas tectônicas da Terra
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Fontes: Olhar Digital, History.
Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.
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Simone Tagliani
Graduada nos cursos de Arquitetura & Urbanismo e Letras Português; técnica em Publicidade; pós-graduada em Artes Visuais, Jornalismo Digital, Marketing Digital, Gestão de Projetos, Transformação Digital e Negócios; e proprietária da empresa Visual Ideias.