Os painéis solares de grafeno podem ser mais eficientes e fabricados em formato bidimensional (2D). Desenvolvido por cientistas da Universidade de Roma Tor Vergata, na Itália, em parceria com pesquisadores da Universidade Helênica do Mediterrâneo, na Grécia, essa nova tecnologia foi instalada na ilha de Creta e interligada, formando a primeira usina solar de painéis solares de grafeno.
Pesquisas
Os painéis de grafeno são conhecidos como Perovskita e geram energia apenas em ambientes controlados em laboratório. De acordo com o principal autor do estudo, o professor de engenharia Francesco Bonaccorso, o trabalho dos cientistas é resultado de aproximadamente 5 anos de pesquisas voltadas à expansão da escala de uso dos painéis solares de grafeno – começando com células geradas em laboratório, painéis um pouco maiores e, finalmente uma estrutura que seja viável para ser instalada em uma fazenda de energia solar.
A usina solar autônoma possui uma área de apenas 4,5 m² e eficiência de 12,5%. O primeiro estudo dos cientistas em relação ao projeto foi publicado em 2016, onde cada um dos painéis contava com 40 células de grafeno de 0,5 m² conectados entre si.
Segundo o professor de Engenharia de Materiais Aldo Di Carlo, após sua primeira publicação sobre células de pequena área, foi desenvolvida a viabilidade dessa tecnologia em dispositivos com uma área maior. O intuito sempre foi demonstrar a viabilidade de integração entre os painéis de energia solar, expandindo de forma considerável o setor responsável pela captação.
Produção de Hidrogênio Verde
Além da geração de energia elétrica, os painéis Perovskita foram base para outro importante estudo sustentável. Pesquisadores do Laboratório Nacional de Energia Renovável (NREL), nos Estados Unidos, desenvolveram um forma para gerar hidrogênio de forma limpa a partir dos compostos de grafeno.
A técnica utilizada pelos pesquisadores é conhecida como Hidrogênio Termoquímico Solar (STCH, na sigla em inglês). A tecnologia é muito utilizada na produção de amônia e trata-se de um processo de produção limpo com base no método da eletrólise.
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Segundo o autor principal do estudo, Zhi Wen Ma, esse é um campo desafiador, com várias questões de pesquisa ainda sem resposta, principalmente na perspectiva de uso de materiais promissores como este.
Fontes: Unicamp, ClickPetroleoeGas, Energy.Gov.
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Comentários
Rafael Panteri
Estudante de Engenharia Elétrica no Instituto Mauá de Tecnologia, com parte da graduação em Shibaura Institute of Technology, no Japão; já atuou como estagiário em grande conglomerado industrial, no setor de Sistemas Elétricos de Potência.