O Brasil tem boas razões para comemorar neste agosto de 2024. Foi inaugurada em Rondônia a primeira subestação móvel digital de energia do país. Esse é um marco importante na revolução do setor elétrico nacional, sendo possível graças a parceria entre as empresas Energisa e WEG. Foram R$ 13,5 milhões de investimentos para desenvolver a solução que poderá beneficiar 40 mil residências. Saiba mais no texto a seguir, do Engenharia 360!
A necessidade de inovação no setor elétrico
Pense no funcionamento de um hospital. Esse tipo de estabelecimento precisa de energia ininterrupta; o trabalho dos médicos e enfermeiros não pode parar até que a cidade seja reenergizada, mesmo que tenha havido um desastre natural. Mas, hoje, por sorte, a engenharia pode dar uma resposta melhor para desafios tão complexos quanto esse. Um exemplo é propor a instalação de uma subestação móvel digital.
Esse modelo de tecnologia pode proporcionar mudanças significativas na forma como a distribuição de energia elétrica é gerenciada - sobretudo se combinada a uma gestão energética eficiente. Os benefícios oferecidos são muitos e duradouros!
Precisamos lembrar que o Brasil busca neste momento um sistema de energia elétrica mais estável. A demanda está aumentando e, por isso, também a necessidade de construção e manutenção das infraestruturas. Exigem-se soluções mais ágeis! E as subestações móveis são uma boa resposta estratégica, permitindo a continuidade de fornecimento de energia e dos serviços prestados pelas concessionárias.
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Funcionamento das subestações móveis digitais de energia
A primeira subestação móvel digital do Brasil foi construída em Cacoal, Rondônia. A mesma tem capacidade de 25 MVA. Ela é equipada com duas unidades conversoras (Merging Units), que são justamente as responsáveis por digitalizar os dados e integrá-los ao sistema de controle. Essas informações são analisadas em tempo real pelos operadores para avaliar o desempenho da subestação e identificação de possíveis problemas. Isso deve garantir a eficiência operacional e segurança do sistema elétrico.
Basicamente, a central fica instalada em um veículo. Ela pesa 66,5 toneladas e possui dimensões de 15 metros de comprimento e 3 metros de largura, permitindo sua localização para diferentes localidades conforme necessário. A máquina pode ser levada para onde for necessário fornecer energia, como áreas em situações de emergência ou que estejam passando por manutenções programadas.
Benefício da subestação móvel digital para Rondônia
O objetivo do investimento da Energisa Rondônia neste equipamento é que o mesmo possa ser utilizado em diferentes localidades, atendendo sempre que possível diversas regiões conforme a necessidade, garantindo operações mais seguras e eficientes em toda a rede do estado. São outros benefícios esperados:
- Fornecimento de energia contínua e confiável.
- Agilidade em casos de emergência, podendo a subestação ser rapidamente deslocada para o local afetado e reestabelecendo a energia em questão de horas.
- Minimização de impactos aos consumidores em manutenções em subestações fixas.
- Otimização de redes, análise mais precisa de dados e redução de perdas, alinhando as operações às melhores práticas de gestão ambiental.
- Integração com sistemas de energia renovável e criação de redes inteligentes e conectadas.
- Estímulo ao desenvolvimento local, com uma infraestrutura mais robusta que permita que a região seja mais atrativa para investimentos e novos empreendimentos, contribuindo para o crescimento econômico e a geração de empregos.
A saber, essa subestação entrará em operação, de fato, durante a próxima troca de transformador, o que aumentará significativamente a capacidade de fornecimento de energia no município.
O futuro da distribuição de energia no Brasil
A instalação da primeira subestação móvel digital em Rondônia é um exemplo de como a engenharia pode resolver problemas práticos e melhorar nossa qualidade de vida. Também é um sinal de como o Brasil está respondendo às necessidades crescentes de energia, especialmente nas áreas mais urbanizadas. Mas o caminho é longo; ainda é preciso modernizar mais a infraestrutura do país, considerando principalmente a adaptação às mudanças climáticas.
A pesquisa e desenvolvimento no setor elétrico não pode parar! O Brasil também deve explorar mais as tecnologias avançadas, como de armazenamento de energia e automatização de redes, e aumentar a resiliência de seus sistemas. Deve-se considerar a implementação das subestações em outras regiões do país. Só assim poderemos estar mais bem preparados para enfrentar os desafios futuros!
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Fontes: Canal Solar, WEG.
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