Em maio de 2024, as águas argentinas devem receber a visita do porta-aviões George Washington. Esse gigante dos mares está sendo mandado pela Marinha dos Estados Unidos ao nosso país vizinho, e isso depois de 14 anos sem passar pela América do Sul, em resposta a um novo realinhamento geopolítico na região. Sob a liderança de Javier Milei, a Argentina decide se distanciar dos chineses e se aproximar dos norte-americanos. Saiba mais no artigo a seguir, do Engenharia 360!
Uma mudança no Cone Sul
Existe uma forte razão para os Estados Unidos mandarem o seu porta-aviões George Washington para a Argentina. Tudo isso tem a ver com uma jogada diplomática e geopolítica muito séria, um realinhamento estratégico entre Buenos Aires e Washington, cujas ramificações prometem moldar o futuro da América do Sul. O objetivo é fortalecer os laços entre as nações e conter a influência da China na região.
Vale destacar que essas relações militares e exercícios "Gringo Gaúcho" acontecem especialmente desde os anos de 1990. De lá para cá, tem acontecido visitas regulares de porta-aviões americanos às costas argentinas. Especialmente a visita do USS George Washington agora, em 2024, será um momento marcante nessa história.
Simbolismo e implicações
A ascensão de Javier Milei à presidência em 2023 desencadeou uma série de mudanças significativas na política externa da Argentina, desistindo de fazer parte do BRICS - grupo econômico no qual o Brasil faz parte, ao lado de Rússia, Índia, África do Sul e China. Há novos acordos militares e diplomáticos em curso. Por exemplo, a compra de caças F-16 americanos usados no lugar de unidades JF-17 chinesas.
O simbolismo por trás disso é mesmo muito forte e traz, certamente, diversas implicações para o Cone Sul e para o Comando Sul dos EUA. E as próximas semanas e meses serão cruciais para entender as implicações desse realinhamento para o futuro da região. Inclusive, a primeira Cúpula Hemisférica de Defesa já está programada para ser realizada na capital argentina em novembro de 2024.
Conhecendo o porta-aviões George Washington
O porta-aviões George Washington - homônimo do primeiro presidente americano -, do tipo Navio Aeródromo, sexto porta-aviões da classe Nimitz, foi lançado em 1990 e comissionado no ano de 1992, hoje operado pela Marinha dos Estados Unidos. Ele tem 333 metros de comprimento e funciona à propulsão, atingindo potência de 260.000 shpm com direito à dois reatores nucleares A4W, quatro turbinas a vapor, quatro motores diesel e 194 mil kW, podendo chegar a 55,6 hm/h (ou cerca de 30+ nós) com autonomia ilimitada de 20 a 25 anos.
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Quanto ao seu poderio militar, o porta-aviões George Washington conta com diversos armamentos, como lançadores de mísseis RIM-116 SeaRAM e Phalanx CIWS, canhões Mk 15 Phalanx CIWS e metralhadoras. Pode levar consigo 97.000 toneladas de carga, incluindo 90 aeronaves (dentre caças, aviões e helicópteros), catapultas a vapor para decolagens e cabos de parada para pousos, além de mais de seis mil oficiais. E internamente, existem quatro elevadores de aeronaves com capacidade de até 45 toneladas, radares AN/SPY, sonares AN/SQS, sistema de combate Aegis, unidades médicas, lavanderias, cozinhas, biblioteca, ginásio de esportes e mais.
Entre 2017 e 2022, o George Washington passou por reformas. Agora, é considerado o navio de guerra mais poderoso do mundo. Imagina, então, como essa visita dele à Argentina deve ser importante para a história militar e de Engenharia Naval. Vamos ficar atentos aos noticiários, observando a redefinição dos papéis na geopolítica do nosso continente e as repercussões disso!
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