Engenharia 360

Pesquisadoras criam próteses com matérias-primas naturais

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por Luciana Reis
| 15/10/2015 | Atualizado em 11/05/2022 2 min

Pesquisadoras criam próteses com matérias-primas naturais

por Luciana Reis | 15/10/2015 | Atualizado em 11/05/2022
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Pesquisadoras bolsistas do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, o CNPq, descobriram uma nova forma de plástico biocompatível que poderá ser utilizado na produção de próteses. As matérias-primas são substâncias naturais como o óleo de mamona e o ácido cítrico, este último encontrado em frutas, como a laranja e o limão.
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A descoberta é resultado da tese de Doutorado da pesquisadora colombiana Natalia Lorena Parada Hernández, da Faculdade de Engenharia Química (FEQ), da Unicamp. O trabalho é denominado “Síntese de biopolímeros a partir do óleo de mamona para aplicações médicas”, e teve a orientação da professora Maria Regina Wolf Maciel, também bolsista do CNPq.
Já não é a primeira vez que o óleo de mamona é testado como matéria-prima na produção de próteses. Desta vez, com a junção do ácido cítrico, os problemas apresentados anteriormente, referentes à reatividade química do óleo, foram minimizados. A partir da tese, foi verificado se o plástico produzido é biocompatível, ou seja, não é tóxico à célula humana, quando da produção da prótese.
Em entrevista ao Jornal da Unicamp, o docente Rubens Maciel Filho, do Departamento de Desenvolvimento de Processos e Produtos (DDPP) da FEQ, afirmou que as aplicações do plástico de mamona devem ser iniciadas em pouco tempo. Segundo Marcel, “[...] o material para o tratamento de úlceras de pele, por exemplo, deve estar pronto, depois de todos os testes, dentro de dois anos”.
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O início da produção das próteses com matérias-primas naturais e a chegada ao mercado devem demorar um pouco mais, pela necessidade de testes e pela exigência dos órgãos reguladores competentes. Natália, a autora da tese, deve retornar posteriormente ao Brasil para continuar o trabalho no pós-doutorado.
A descoberta é apontada como de grande importância, tanto pelo estímulo a trabalhos semelhantes no país, voltados para alternativas que possibilitem o acesso de pessoas mais carentes a tratamentos com os biomateriais, como por ser algo facilitado no Brasil devido à grande disponibilidade do óleo de mamona no país.
Imagens: Jornal da Unicamp / Divulgação CNPq
Referências: Portal Brasil, CNPq

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Luciana Reis

Formada em Jornalismo pela Faculdade Cásper Líbero, com experiência como jornalista freelancer na produção de conteúdo para revistas e blogs.

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