Projetos de REDD cada vez mais farão parte do nosso mercado financeiro. Acredite se quiser, mas as florestas, que sempre foram as nossas maiores aliadas na regulação do clima global, por conta dos desmatamentos, não têm mais a mesma capacidade de absorver dióxido de carbono - o gás de efeito estufa mais abundante. Já arrancamos metade das árvores do mundo e continuamos a matar, sobretudo para criar áreas de pasto para gado, e usar de modo não sustentável as florestas para a produção de commodities.
Plano para um crescimento econômico global mais sustentável
Há quase vinte anos o alerta vermelho já tinha sido dado quanto a isso. Inclusive, em 2007, na COP13 - Convenção da Organização das Nações Unidas sobre Mudança do Clima -, em Bali, na Indonésia, foi lançado o termo REDD, como sendo algo fundamental para os esforços de combate aos efeitos das mudanças climáticas globais. Seria, em resumo, um mecanismo econômico para quantificar os esforços dos países via:
- redução das emissões de gases de efeito estufa,
- redução de desmatamento e degradação florestal,
- conservação, manejo sustentável de florestas,
- e aumento dos estoques de carbono florestal.
Depois, entre a COP16, em Cancun, e a COP19, em Varsóvia, foi definido um conjunto de aspectos metodológicos, institucionais e de financiamento para pagamento por resultados REDD a países em desenvolvimento que apresentaram reduções verificadas de emissões de gases de efeito estufa ou aumento de estoque de carbono. Desde então é que realmente começaram a ser estruturados primeiros projetos REDD.

Entendendo o que é REDD
REDD quer dizer 'Reducing Emissions from Deforestation and Forest Degradation' ou 'Redução de emissões decorrentes do desmatamento e da degradação de florestas'. Isso envolve principalmente incentivos de mercado e financeiros - pagamento por resultados. Nessa linha, os projetos devem trabalhar com as comunidades para reestruturar as economias locais em direção ao uso sustentável da terra e à conservação da floresta. Sendo que o ponto chave é a "venda das Reduções Verificadas de Emissões", que ajudaria a financiar atividades de desenvolvimento sustentável de baixo carbono.
Vale lembrar que os planejadores devem apresentar os projetos REDD, bem como seus desempenhos, de forma transparente e responsável!
Como deve funcionar o mercado de carbono
Num primeiro momento, a intenção é de que os países colaborem de forma voluntária para alcançar suas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDC), ou seja, as contribuições de cada signatário do Acordo de Paris para a redução das emissões de gases de efeito estufa. Seria importante que todos buscassem soluções para a redução de emissões de carbono baseadas na natureza. Mas, sem conseguir isso, seria possível conseguir compensação por meio de créditos gerados por quem superou as suas metas.
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Em meio a tudo isso, ainda se espera que os governos façam seu próprio gerenciamento de abordagens políticas e promovam atividades relacionadas ao tema.
Projetos REDD podem levar alguns anos para serem colocados em prática, até porque o mercado precisa ser operacionalizado para isso. Já os resultados são reconhecidos por sua estratégia, nível de referência e sistema nacional, transparência, relato de atividades, e respeito à soberania de cada país. Esses projetos não precisam partir de governos, mas de um mercado voluntário, com desenvolvedores que projetam essa comercialização de créditos - inclusive empresas, para compensar a pegada ecológica de suas atividades econômicas.
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Aqui, no Brasil, quem controla este setor do mercado é a Comissão Nacional para REDD+ (CONAREDD+).

Bônus | O que é ENRED+
O ENREDD+ é a Estratégia Nacional, segundo o Ministério do Meio Ambiente, perante a sociedade brasileira e os países signatários da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC), de como o governo brasileiro pretende estruturar os seus esforços. E mais, como pretende aumentá-los nos próximos anos - seja com ações de prevenção, controle ou eliminação do desmatamento, planos de conservação e recuperação dos ecossistemas, fomento ao desenvolvimento sustentável e mais.

Isso tudo é de interesse econômico, social e ambiental! Afinal, qual a sua avaliação do Brasil nesta "roda"? Escreva nos comentários!
Fontes: Sequestra Carbono, Exame.
Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com [email protected] para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.
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