Engenharia 360

Sua Internet irá mudar? Entenda a importância do cabo submarino que ligará Brasil e Portugal

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por Rafael Panteri
| 09/06/2021 | Atualizado em 29/10/2024 3 min
Design do cabo submarino EllaLink – Imagem: site oficial EllaLink

Sua Internet irá mudar? Entenda a importância do cabo submarino que ligará Brasil e Portugal

por Rafael Panteri | 09/06/2021 | Atualizado em 29/10/2024
Design do cabo submarino EllaLink – Imagem: site oficial EllaLink

Conhecido como ElleLink, o cabo submarino ligará Brasil a Portugal. Essa conexão traz como benefício uma maior velocidade de transmissão de dados!

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Conhecido como ElleLink, o cabo submarino ligará Brasil a Portugal. Essa conexão traz como benefício uma maior velocidade de transmissão de dados!

No primeiro dia do mês de junho de 2021, o cabo submarino conhecido como EllaLink começou a funcionar. O equipamento de fibra óptica é o primeiro de alta capacidade a interligar Brasil e Europa. Seu principal benefício é fornecer Internet rápida e estável aos usuários.

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Navio que faz a instalação do cabo submarino | Imagem extraída de Arena 4G

Trajeto do EllaLink

Partindo de Fortaleza, o cabo segue em direção à Sines, em Portugal. Dentro da Europa, é interligado por cabos terrestres a Lisboa, Madri, Barcelona e Marselha. E, com um total de 6 km, o EllaLink também se conecta, pelo Oceano Atlântico, com Cabo Verde, Mauritânia e Marrocos.

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Dentro do Brasil, São Paulo e Rio de Janeiro recebem as informações diretamente da capital cearense.

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Percurso percorrido pelo cabo submarino EllaLink | Imagem extraída de site da desenvolvedora EllaLink

As vantagens trazidas pela tecnologia

A conexão vai potencializar as oportunidades de pesquisas, desenvolvimento de projetos e programas na América Latina e Europa pelos próximos 25 anos – tempo estimado para a vida útil do cabo submarino.

Para os usuários, os benefícios aparecem após operadoras de internet, serviços de streaming, de nuvem e financeiros adquirirem parte da capacidade de tráfego. Essas melhorias aparecem na alta velocidade e baixa latência e na segurança de transmissão de dados.

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Imagem extraída de Sputnik Brasil

Alta velocidade e baixa latência

Segundo a própria desenvolvedora do projeto, o EllaLink tem capacidade de tráfego de 100 Terabits por segundo. Isso significa que o tempo de resposta de conexão deve cair em 50% - uma informação leva menos de 60 milissegundos para ir de um ponto ao outro no EllaLink.

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Essa alta velocidade é possível graças à fibra óptica. Essa tecnologia não envia os dados da mesma maneira que cabos convencionais. Uma explicação resumida é que o sinal transmitido é transformado em luz, com auxílios de conversores integrados aos transmissores. Dessa maneira, a velocidade de transmissão é muito superior e a perda de dados é mínima!

Vídeo de instalação de ElleLink em Fortaleza - página do EllaLink no Youtube

Segurança de dados

Outra vantagem do EllaLink é a de fornecer mais segurança na comunicação. Isso porque é uma conexão direta, sem passar por um país intermediador, como os Estados Unidos.

A saber, o projeto desse cabo submarino começou em 2012, mas ganhou força só depois de um episódio vazado de espionagem norte-americana. Na época, documentos do ex-analista da Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Edward Snowden, apontaram que o órgão teve acesso a ligações e e-mails de políticos e civis brasileiros.

O valor do projeto foi estimado em US$ 185 milhões, sendo a maior parte financiada pela própria EllaLink.

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Design do cabo submarino EllaLink - Imagem: site oficial EllaLink

Veja Também: Como funciona a fibra ótica?

Outro futuro

O governo brasileiro se juntou com Argentina, Austrália e Nova Zelândia para outro projeto de cabo submarino de fibra óptica que ligará América do Sul, Ásia e Oceania, conhecido como Humboldt. Este possível próximo cabo deve custar em torno de US$400 milhões e prevê uma capacidade inicial de transmissão de dados de 400 Gigabits por segundo.

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Imagem extraída de ISTOÉ Independente

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Fontes: G1, Olhar Digital, EllaLink

Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

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Rafael Panteri

Estudante de Engenharia Elétrica no Instituto Mauá de Tecnologia, com parte da graduação em Shibaura Institute of Technology, no Japão; já atuou como estagiário em grande conglomerado industrial, no setor de Sistemas Elétricos de Potência.

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