O Orion é um laboratório de biossegurança máxima (NB4) inovador em construção localizado no CNPEM em Campinas (SP), projetado para pesquisas de patógenos de alto risco. Ele será parceiro do Sirius, um acelerador de partículas brasileiro.
Sirius será conectado ao Orion, fornecendo acesso exclusivo a três linhas de luz para pesquisa. Vale destacar que o projeto Sirius é focado em pesquisas avançadas em várias áreas científicas. A pandemia ressaltou a importância de infraestruturas de pesquisa, impulsionando o Orion. E esse novo investimento deve fortalecer a ciência brasileira para enfrentar ameaças biológicas e desenvolver soluções, posicionando o Brasil como líder global em pesquisa e desenvolvimento. Saiba mais neste texto do Engenharia 360!
O que torna o laboratório Orion único no mundo?
Para começar, o Orion será o único laboratório no mundo com conexão com o Sirius, o acelerador de partículas brasileiro, além de outros vírus circulantes na América Latina. Isso possibilitará estudos avançados de patógenos de classe 3 e 4 por meio de técnicas de luz síncrotron. Como dito antes, o Brasil necessita demais desse laboratório para lidar com agentes infecciosos devido à sua capacidade de monitorar, isolar e pesquisar tais agentes, desenvolvendo métodos de diagnóstico, vacinas e tratamentos.
Por isso, o Orion será, por hora, o único a suprir essa lacuna e preparar o país para ameaças pandêmicas e desenvolvimento de fármacos! Contudo, o projeto deve enfrentar desafios, como a próprio diversidade de vírus no Brasil, incluindo aqueles com potencial pandêmico.
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Quais vantagens do Brasil possuir um laboratório de biossegurança máxima (NB4)?
Nesse novo laboratório NB4, os vírus circulantes que poderão ser manipulados no laboratório Orion incluem o vírus Junín, causador da febre hemorrágica argentina; o Guanarito, causador da febre hemorrágica venezuelana; e o Machupo, causador da febre hemorrágica boliviana. Além disso, o laboratório Orion oferecerá capacitação em pesquisa de agentes infecciosos.
No plano, estão previstas parcerias com instituições internacionais de referência e treinamentos no exterior. Além disso, está previsto o uso de um ambiente-modelo (Laboratório Mockup) no CNPEM, onde as equipes enfrentarão condições simuladas sob supervisão de profissionais capacitados.
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Quem financiará o projeto do Orion?
É importante dizer que o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) tem um papel fundamental no financiamento do projeto do Orion, que custará R$ 1 bilhão. Os recursos para a construção do Orion, bem como da fase 2 do Sirius estão previstos para vir do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), que é administrado pelo MCTI.
Então, o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) está relacionado ao projeto Orion através do financiamento e apoio do governo federal para a construção do laboratório. O PAC é uma iniciativa que visa impulsionar o desenvolvimento de infraestrutura e outras áreas no Brasil, e o projeto Orion se enquadra nesse contexto como parte dos esforços para alavancar a ciência e a pesquisa científica no país.
O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação destinou recursos adicionais para avançar no projeto Sirius com a construção de mais 10 novas linhas de luz, além das 14 previstas na primeira fase. Essas linhas, juntamente com outras técnicas avançadas, serão integradas ao complexo Orion. A previsão é que as obras sejam concluídas até 2026.
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Fontes: G1.
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