Em 5 de novembro de 2024, a SpaceX fez história ao lançar o LignoSat, o primeiro satélite de madeira do mundo, desenvolvido por cientistas da Universidade de Kyoto, no Japão. O objetivo principal deste lançamento inovador é testar o uso de madeira, um material renovável e ecológico, na exploração espacial.
O LignoSat foi colocado em órbita a 400 km da Terra, com o objetivo de testar como a madeira pode contribuir para a sustentabilidade espacial. Este satélite também visa reduzir o impacto ambiental, pois, ao reentrar na atmosfera, a madeira se queimaria sem gerar poluição, minimizando os detritos espaciais. O sucesso deste projeto pode abrir caminho para o uso de materiais naturais, como madeira, na construção de estruturas na Lua e em Marte. Leia mais no artigo a seguir, do Engenharia 360!
A ideia por trás dos satélites de madeira
Você sabia que os satélites convencionais são feitos de metais e ligas metálicas, materiais que, após o fim de sua vida útil, se tornam lixo espacial? Esse lixo, por sua vez, é atraído pela gravidade e reentra na atmosfera, queimando e gerando partículas metálicas que comprometem a camada de ozônio.
Pesquisadores da Universidade de Kyoto, no Japão, pensaram em uma maneira de resolver esse problema ambiental. Eles buscaram uma alternativa sustentável e ecológica: o uso de madeira como material para a construção de satélites. A madeira não só seria menos prejudicial ao meio ambiente, mas poderia também oferecer uma solução prática para a "aposentadoria" dos satélites no final de sua vida útil.
Nova iniciativa para reduzir o problema do lixo espacial
O LignoSat, desenvolvido por cientistas japoneses, é feito de madeira de magnólia. A ideia de usar materiais naturais para a construção de satélites pode ser uma alternativa mais sustentável, pois a madeira é degradável e pode diminuir a quantidade de detritos espaciais. Além disso, os satélites de madeira seriam mais baratos de produzir e menos poluentes do que os tradicionais satélites de metal.
A saber, o LignoSat pode transformar a exploração espacial em uma atividade mais responsável, reduzindo os impactos ambientais e oferecendo uma solução para o lixo espacial crescente.
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Proposta de utilização de madeira na construção do satélites
No fundo, o que os cientistas japoneses pensaram em como facilitar o "processo de aposentadoria" dos satélites usados pela ciência. Eles acabaram escolhendo a madeira de magnólia, após testarem a bétula de Erman e a cereja japonesa. Estima-se que o dispositivo feito nesse material iria queimar durante a reentrada terrestre e se decompor naturalmente em gás. No fim, a quantidade de detritos seria mínima.
A madeira é um material estrutural resistente, inclusive a condições extremas, sem decomposição, rachaduras ou deformações - e isso foi comprovado já em testes realizados na Estação Espacial Internacional (ISS).
Resultados dos testes para verificar a viabilidade
Os testes de viabilidade de satélites de madeira envolveram envio de amostras de madeira para o espaço e testes de resiliência em condições espaciais na ISS - por exemplo, com variações de temperatura, radiação solar e raios cósmicos. Na ocasião, a madeira de magnólia apresentou mais uniformidade de suas células, facilitando o trabalho e reduzindo a probabilidade de rachaduras ou quebras. A resistência foi ótima mesmo após exposição prolongada ao ambiente extremo do espaço sideral.
Expectativas e planos em relação aos satélites de madeira
A Universidade de Kyoto e outros pesquisadores têm grandes expectativas para os satélites de madeira. O lançamento do LignoSat em 2024 é apenas o começo de uma nova era na exploração espacial sustentável. Além disso, a startup finlandesa Arctic Astronautics também está desenvolvendo um satélite de madeira chamado WISA Woodsat, que, embora tenha enfrentado atrasos devido a questões burocráticas, promete expandir o uso de materiais naturais no espaço.
Essas iniciativas mostram que a exploração espacial não precisa ser sinônimo de poluição. Os satélites de madeira podem se tornar uma solução inovadora e sustentável, contribuindo para a preservação ambiental e reduzindo os impactos do lixo espacial.
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Fontes: CNN Brasil, G1.
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Eduardo Mikail
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