A máquina está substituindo algumas funções do homem há muitos anos. Recentemente, a seguradora japonesa Fukoku Mutual Life anunciou que substituirá 34 funcionários por um sistema de inteligência artificial, o qual será responsável por calcular pagamentos aos segurados da empresa.
O sistema que substituirá os funcionários é denominado IBM Watson Explorer, o qual foi desenvolvido para “pensar como um humano” e é capaz de analisar e interpretar dados, incluindo texto não estruturado, imagens, áudio e vídeo. Na empresa, ele será utilizado para ler informações médicas e fatores como o tempo de permanência no hospital, histórico médico e procedimentos cirúrgicos antes de calcular os pagamentos. Porém, os valores calculados pelas máquinas serão submetidos à aprovação de outros funcionários.
Por ano, a economia será de 140 milhões de ienes (R$3,9 milhões, aproximadamente). O investimento inicial será de 200 milhões de ienes (R$5,51 milhões, aproximadamente) e manter o sistema anualmente custará 15 milhões (próximo de 400 mil reais). Espera-se um aumento de 30% na produtividade e o retorno do investimento em menos de dois anos.
Inteligência artificial
Se você acha que a inteligência artificial é algo muito futurista e que começou recentemente, é hora de mudar de ideia. Embora tenha recebido mais destaque recentemente, inteligência artificial surgiu após a Segunda Guerra Mundial, com a publicação do artigo “Computing Machinery and Intelligence” por Alan Turing, o qual apresenta um teste (Teste de Turing) para verificar se uma máquina consegue agir, por suas respostas, como um humano ao ser interrogada por alguém. Em 1956, estabeleceu-se a inteligência artificial como uma disciplina formal.
Atualmente, a inteligência artificial está presente em várias máquinas e dispositivos e está cada vez mais comum em nosso cotidiano. Exemplos simples e que usamos com frequência são os celulares com assistentes virtuais como a Siri (Apple), Cortana (Windows) e Google Assistant.
Um estudo do Nomura Research Institute (realizado em 2015) apontou que, até 2035, metade do trabalho do Japão será feito por robôs. Várias histórias de ficção abordam a convivência entre humanos e máquinas inteligentes e sugerem diferentes finais para essa relação, dos felizes aos mais trágicos, levantando o questionamento sobre o quanto a máquina é capaz de substituir e se relacionar com o homem e a necessidade de um limite nessa interação.
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É interessante destacar que as máquinas podem até conseguir tomar decisões e executar tarefas com maior eficiência, porém, ao contrário dos humanos, elas não são capazes de melhorar o trabalho que realizam. Elas executam as tarefas que foram programadas para fazer e, se for preciso alterar o processo, a intervenção humana é necessária.
Fontess: DailyMail; Telegraph; The Guardian.
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Larissa Fereguetti
Cientista e Engenheira de Saúde Pública, com mestrado, também doutorado em Modelagem Matemática e Computacional; com conhecimento em Sistemas Complexos, Redes e Epidemiologia; fascinada por tecnologia.