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4 Razões por que a Biomassa de Madeira é Mais Perigosa ao Meio Ambiente

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por Redação 360
| 27/09/2024 | Atualizado em 11/10/2024 4 min
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4 Razões por que a Biomassa de Madeira é Mais Perigosa ao Meio Ambiente

por Redação 360 | 27/09/2024 | Atualizado em 11/10/2024
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A biomassa de madeira é um material formado por restos de árvores, como caules, ramos, folhas, cascas e raízes. Geralmente ele é apresentado como uma solução verde e sustentável para a geração de energia, sendo chamada por muitos como "fonte renovável". Mas será verdade?

Estudos recentes indicam que essa fonte é prejudicial ao meio ambiente - uma realidade muito alarmante, considerando que várias medidas da indústria sempre foram baseadas num entendimento diferente. No artigo a seguir, vamos explorar os perigos ocultos da biomassa da madeira e como sua utilização pode afetar o planeta (incluindo clima e biodiversidade) e a saúde pública. Confira!

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biomassa de madeira
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1. Emissões de carbono

Sempre se acreditou que a biomassa de madeira emite menos gases de efeito estufa em comparação com combustíveis fósseis, mas não. Ao contrário disso, sua queima pode gerar mais emissões de carbono do que a queima de carvão, por exemplo. Isso ocorre porque a combustão da madeira libera grandes quantidades de CO2 (que foi armazenado durante o crescimento das árvores) na atmosfera. Sem contar que, depois, seria preciso esperar o crescimento de novas árvores para compensar as emissões; uma regeneração do ciclo que levaria décadas!

2. Perda de biodiversidade

As empresas envolvidas na produção de energia a partir da biomassa de madeira precisam usar madeira de baixa qualidade e resíduos florestais. Contudo, evidências indicam que, em várias partes do mundo, isso é ignorado, levando ao incentivo de desmatamento em larga escala e a destruição de habitats naturais. Então as florestas naturais são substituídas por plantações de eucalipto, comprometendo os ecossistemas e colocando em risco inúmeras espécies.

Lembrando que a destruição de florestas só agrava ainda mais as emissões de carbono, já que menos árvores estariam disponíveis para sequestrar CO2 da atmosfera.

biomassa de madeira
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Um estudo liderado por pesquisadores do MIT concluiu que o uso da biomassa de madeira para gerar eletricidade pode intensificar as mudanças climáticas até pelo menos 2100.

3. Poluição do ar

A queima da biomassa gera uma fumaça repleta de pequenas partículas tóxicas prejudiciais à saúde humana. A exposição a essas toxinas pode agravar em humanos - especialmente em crianças e idosos - problemas respiratórios pré-existentes, além de aumentar as taxas de infecções respiratórias. Aliás, estima-se que entre três e quatro milhões de mortes anuais estejam relacionadas à exposição a emissões tóxicas provenientes da queima de madeira e biomassa.

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Vale destacar que todas essas partículas liberadas no ar podem viajar com os ventos a longas distâncias, se espalhando por grandes áreas, agravando a poluição em regiões urbanas e rurais. E como se não bastasse, isso deve contribuir para a formação de contaminantes secundários, como o ozônio troposférico, importante intensificador do efeito estufa (com um potencial maior que o CO2), o que agrava o aquecimento global.

biomassa de madeira
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4. Contaminação da água

O uso de biomassa ainda pode levar à outra contaminação, a dos recursos hídricos. Isso porque, durante o processo de produção do material faz-se o uso excessivo de pesticidas e fertilizantes nas plantações das árvores. Sem contar que, quando a madeira não vem de áreas de reflorestamento e, sim, de desmatamento, o ciclo hídrico local é afetado, resultando em erosão do solo e alterações nos padrões de seleção.

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Incertezas sobre a sustentabilidade a longo prazo

Sabe-se que existem métodos sustentáveis para a produção de biomassa de madeira - isso, sim, faria do material uma boa alternativa para geração de energia. Mas muitos países ainda sofrem com a exploração irresponsável das florestas, incluindo o Brasil. Por isso, essa sustentabilidade é questionada a longo prazo!

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Fato é que as florestas têm mais valor de pé! Mesmo as áreas de reflorestamento, preparadas para a produção de biomassa, precisam ser geridas para que o número de árvores cortadas seja igual ou menor ao número de árvores plantadas, mantendo o equilíbrio ecológico. Porém, será que, com a crescente demanda por energia, essa equação pode ser respeitada? E não podemos nos esquecer de que existe a necessidade urgente do planeta reduzir as emissões de carbono.

biomassa de madeira
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Infelizmente, hoje, os subsídios governamentais incentivam o contrário. A União Europeia, por exemplo, continua a classificar a biomassa de madeira como uma forma de energia renovável, apesar da opinião de cientistas e ambientalistas. Essa classificação ignora acaba por incentivar a exploração de madeira em larga escala, perpetuando o desmatamento e agravando os problemas ambientais. Precisamos considerar que há alternativas bem mais sustentáveis e verdadeiramente renováveis!


Fontes: Olhar Digital.

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