Precisamos discutir o impacto das novas tecnologias sobre a educação! Nos últimos anos, as escolas têm passado por transformações significativas, incorporando ao seu currículo soluções como atividades com realidade virtual nas salas de aula. Agora, a Inteligência Artificial chega para causar outra revolução, se tornando uma das ferramentas de aprendizado mais importantes da nova era.
Recentemente, no Reino Unido, uma instituição lançou um projeto que pode se tornar referência internacional. Trata-se de um modelo de aula sem professores humanos, onde o aprendizado é feito exclusivamente via plataformas de IA. No artigo a seguir, do Engenharia 360, vamos explorar essa nova abordagem educacional, analisando suas implicações, potenciais benefícios e riscos. Confira!
O projeto do David Game College
Desde setembro de 2024, a escola David Game College, de Londres, começou um programa inovador que se vale de plataformas de aprendizado adaptativo guiadas por Inteligência Artificial. Ela começou uma turma de 20 alunos com idades em torno de 15 anos para ensinar, sem auxílio de professores humanos, só com uma combinação de IA e RV, as disciplinas principais, como matemática, ciências e inglês. Os conteúdos foram ajustados, claro, conforme as necessidades individuais de cada estudante.
A proposta é que os alunos aprendam no seu ritmo, principalmente em experiências mais envolventes, em um ambiente mais engajador e interativo. Espera-se que a nova metodologia permita que o aprendizado avance para todos, sem ser limitado. Essa personalização pode ser especialmente benéfica para aqueles que enfrentam dificuldades ou, ao contrário, para aqueles que já estão à frente. O diretor-adjunto da escola, John Dalton, acredita que a IA pode oferecer um nível de precisão que os professores humanos não conseguem alcançar.
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O papel da Inteligência Artificial na educação
Não há como questionar o potencial que a tecnologia tem para transformar a educação nas escolas. Porém, muitos especialistas alertam que os professores ainda devem desempenhar um papel importante no aprendizado dos alunos.
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A proposta de substituir humanos por sistemas de IA vem levantando críticas. Especialistas defendem as habilidades únicas dos professores. Por outro lado, pode-se usar a tecnologia como suporte, ajudando, por exemplo, na correção de provas, criação de materiais didáticos e identificação das dificuldades dos alunos - isso é uma coisa difícil para um professor humano alcançar. E com a economia de tempo, o educador pode se concentrar em tarefas que realmente impactam diretamente o aprendizado dos alunos.
Preocupações com a desumanização do ensino
Nada pode substituir o valor de uma conexão humana, ensinando de forma empática e colaborativa, estimulando o pensamento crítico. E apoio emocional é uma coisa que máquinas não conseguem oferecer. Ademais, a presença física e o envolvimento emocional com essas figuras mais sábias podem motivar os estudantes de maneiras que a tecnologia jamais conseguirá replicar.
A desumanização do aprendizado pode prejudicar o desenvolvimento dos alunos de habilidades sociais e emocionais essenciais. A confiança excessiva em sistemas automatizados pode resultar em falhas na identificação das necessidades emocionais dos alunos. Por fim, o custo elevado para participar desse tipo de programa - que é hoje cerca de 27 mil libras ou 201 mil reais - pode limitar o acesso apenas a estudantes privilegiados.
Comparação com outras iniciativas educacionais
Além da David Game College, outras instituições de ensino ao redor do mundo também estão explorando o uso de IA na educação. Harvard, por exemplo, tem usado professores gerados por IA para cursos introdutórios na área da programação. Enquanto em Silicon Valley estão sendo adotados tutores alimentados por essa tecnologia.
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Vale destacar o trabalho na Universidade de Ciência e Tecnologia de Hong Kong, em que estudantes vêm participando de aulas imersivas com avatares gerados por IA para ensinar teoria dos jogos em um ambiente imersivo. Frequentemente, a aparência e a voz desses "professores" são atualizados, ou seja, personalizados para tornar as aulas mais envolventes.
O futuro das escolas com o avanço das tecnologias
Certamente, todas as preocupações quanto à substituição de professores por IAs nas escolas são válidas. Já falamos sobre a desumanização da educação, a importância da interação humana no aprendizado e as limitações das tecnologias. Mas o futuro está aí e não podemos evitar as transformações; muitas boas ideias ainda estão em fase experimental. Certamente vão surgir oportunidades de aprimorar e apoiar o trabalho dos profissionais em sala de aula.
O futuro precisa combinar o melhor dos dois mundos: o uso da Inteligência Artificial para tarefas administrativas e personalização do aprendizado, enquanto os professores se concentram em aspectos mais humanos da educação. Concluindo, é improvável que a IA substitua completamente o ensino tradicional - pelo menos não a curto prazo.
Fontes: Exame Informática - Visão, O Globo.
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Eduardo Mikail
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