Todo mundo sabe que a tecnologia dos robôs vem substituindo algumas funções humanas há anos. Esse fato leva a uma grande preocupação sobre o crescente número de desempregos. Porém, nós podemos ficar tranquilos: uma pesquisa mostrou que a tecnologia demanda a criação de novos empregos e, consequentemente, novas habilidades.
A pesquisa realizada pelo ManPowerGroup, uma empresa de empregos, mostrou que os avanços tecnológicos vão gerar empregos em áreas diferentes. Para fazer essa descoberta, foram entrevistados dezoito mil empregadores de 43 países diferentes.
De modo geral, inferiu-se que enquanto a tecnologia traz mais automação, aumentando a produtividade ao longo do caminho e reduzindo o número de funcionários em algumas áreas, também cria empregos em novas áreas. Então, cabe aos trabalhadores adquirir as habilidades necessárias para ocupar as vagas geradas.
Para isso, é claro, é preciso ter uma visão aberta da tecnologia. O primeiro passo é aceitá-la como uma ferramenta que promove a melhor qualidade de vida (e não como uma concorrente). Como engenheiros(as) e futuros(as) engenheiros(as), isso é mais que uma obrigação. Afinal, um(a) engenheiro(a) que não aceita os recursos tecnológicos que nos cercam precisam repensar a escolha da profissão.
A previsão é de que até 45% das tarefas realizadas sejam atualmente automatizadas pela tecnologia que já está disponível (ou seja, não precisa esperar a invenção de uma nova tecnologia). 83% dos empregadores entrevistados planejam ampliar o número de funcionários nos próximos anos.
Com relação às novas habilidades, nós já mostramos aqui no Engenharia 360 algumas profissões do futuro. Ainda, as funções de tecnologia da informação, recursos humanos e de atendimento ao cliente permanecem com alta demanda nos próximos anos. Analista de dados também está entre uma das profissões que deve ter elevada contratação.
Claro que não podem ficar fora da lista as profissões ligadas à criatividade, inteligência emocional e flexibilidade cognitiva. Afinal, um robô é capaz de fazer um trabalho mecânico repetitivo e até tomar decisões com base em aprendizado de máquinas, mas eles não são capazes (ainda) de lidar com as complexas emoções humanas. Então, seja por ser uma ponte entre a área de exatas e o social ou por estar na área de desenvolvimento e manutenção de recursos tecnológicos, a nossa tão amada Engenharia deve ficar em alta.
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Fontes: Interesting Engineering.
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Larissa Fereguetti
Cientista e Engenheira de Saúde Pública, com mestrado, também doutorado em Modelagem Matemática e Computacional; com conhecimento em Sistemas Complexos, Redes e Epidemiologia; fascinada por tecnologia.