Engenharia 360

Entenda como funciona a produção de grafeno a partir de cascas de árvore

Engenharia 360
por Kamila Jessie
| 02/08/2019 | Atualizado em 16/06/2022 2 min

Entenda como funciona a produção de grafeno a partir de cascas de árvore

por Kamila Jessie | 02/08/2019 | Atualizado em 16/06/2022
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A gente já comentou um pouco sobre o grafeno por aqui. Mas você já imaginou que ele pudesse ser sintetizado a partir de casca de eucalipto?

eucalipto
Imagem: phys.org

O interesse sobre o grafeno:

O que o grafeno tem de especial é o fato de ser o material mais fino e resistente conhecido na atualidade. Também é flexível, transparente e conduz calor e eletricidade 10 vezes melhor que o cobre, o que a torna ideal para qualquer coisa, desde nanoeletrônica até melhores células de combustível.

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As características do grafeno fazem dele um material transformador que pode ser usado no desenvolvimento de eletrônicos flexíveis, chips de computador mais potentes e melhores painéis solares, filtros de água e biossensores.

A síntese de grafeno:

A redução química é o método mais comum para sintetizar o óxido de grafeno, pois permite a produção de grafeno a baixo custo em grandes quantidades. Este método, no entanto, depende de agentes redutores perigosos para as pessoas e para o meio ambiente.

A nova abordagem apresentada por pesquisadores da RMIT University (Austrália) e do Instituto Nacional de Tecnologia, Warangal (Índia), realiza a síntese do grafeno por meio do extrato de casca de eucalipto.

O extrato de casca de eucalipto nunca tinha sido usado para sintetizar folhas de grafeno e o entusiasmo diante dessa descoberta é que, a síntese não só funciona, mas também constitui um método superior, tanto em termos de segurança quanto de custo geral.

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A química "verde" desenvolvida na pesquisa evitou o uso de reagentes tóxicos, potencialmente abrindo a porta para a aplicação do grafeno não apenas para dispositivos eletrônicos, mas também para materiais biocompatíveis.

casca eucalipto
Imagem: pubs.acs.org

Resultados e perspectivas:

Em números, o pesquisador-chefe da RMIT, Suresh Bhargava, disse que o novo método poderia reduzir o custo de produção de US $ 100 por grama para um escalonamento de US $ 0,5 por grama.

Quando testado na aplicação de um supercapacitor, o grafeno “verde” produzido usando este método combinou as características de qualidade e desempenho do grafeno tradicionalmente produzido sem os reagentes tóxicos.

O grafeno é um material notável, com grande potencial em muitas aplicações, devido às suas propriedades químicas e físicas, e há uma demanda crescente por produção em larga escala econômica e ambientalmente amigável.

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grafeno
Imagem: pubs.acs.org

Fontes: ACS Publications. Phys.org.

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Kamila Jessie

Doutora em Hidráulica e Saneamento pela Universidade de São Paulo (EESC/USP) e Mestre em Ciências pela mesma instituição; é formada em Engenharia Ambiental e Sanitária pelo Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG) com período sanduíche na University of Ottawa, no Canadá; possui experiência em tratamentos físico-químicos de água e efluentes; atualmente, integra o Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CePOF) do Instituto de Física de São Carlos (USP), onde realiza estágio pós-doutoral no Biophotonics Lab.

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