Uma das maiores causas das crises econômicas mundiais na atualidade - também, em parte, impulsionadora da corrida espacial - é a escassez de água potável. Como sabemos, os recursos naturais são limitados e, por conta das ações desastrosas do ser humano, água pura para beber está se esgotando, levando milhões à migração, comprometimentos incalculáveis para a agricultura, e mais. Então, podemos dizer que a água é a "moeda" mais preciosa do presente e futuro do planeta!
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Neste momento, a ciência está investigando como obter água potável de outras fontes aqui na Terra. Já conhecemos a técnica da dessalinização, o processo através do qual se eliminam os sais minerais dissolvidos na água, tornando o líquido possível de beber. Mas agora a ciência traz uma novidade, que é uma técnica para aproveitar a umidade acima dos oceanos - algo que seria, em tese, uma fonte inesgotável de água potável.
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Por que vale mais a umidade dos oceanos do que a dessalinização?
Sempre estranhamos esta ideia de beber água dos oceanos, sabendo que ela é originalmente salgada. As tecnologias de dessalinização realmente revolucionaram o mundo das ciências. Contudo, ainda são caras e energeticamente ineficientes. Ao mesmo tempo, ainda há a necessidade de água potável. E acontece que existe uma camada de água doce acima dos oceanos em forma de vapor de água. Então, o que os pesquisadores fizeram foi trabalhar para captar essa água de maneira economicamente viável.
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Qual a proposta para a utilização do vapor de água dos oceanos?
A iniciativa de pesquisa partiu de cientistas da Universidade de Illinois, nos EUA. Após realizar análises atmosféricas e econômicas, eles afirmaram ser possível construir estruturas flutuantes, ancoradas ou fixas, como as plataformas de petróleo nos oceanos. As mesmas teriam em torno de 210 metros por 100 metros, projetadas com design para capturar a umidade na camada de água logo acima da superfície do mar e ao longo de uma costa.
O ar carregado de umidade seria, assim, transportado via sistema comum, de compressor ou condensador - como de ar condicionado - para mais próximo da terra, onde sua condensação pode fornecer água doce, possível de ser tratada para virar água potável para beber. O processo seria, diferente de outras propostas, baseadas em geoengenharia, inspirado no próprio ciclo natural da água - ciclo hidrológico -, onde o vapor esfria e condensa para então cair na superfície terrestre como chuva. E antes que você se pergunte, respondemos que não; segundo os cientistas, isso não causaria o aumento das secas.
Em resumo, a intenção seria apenas orientar para onde vai a água evaporada dos oceanos.
Qual o potencial de rendimento hídrico da proposta?
Estima-se que o rendimento hídrico dessas estruturas poderia chegar a fornecer água doce para grandes centros populacionais, e de modo economicamente bastante vantajoso. Seria, então, uma boa solução, diante das graves mudanças climáticas, para regiões do planeta próximas de oceanos, mas com enorme escassez de água.
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Fontes: Inovação Tecnológica.
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Eduardo Mikail
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