Muitas vezes as pessoas cometem o deslize de associar algo a alguma profissão e dão características a algum profissional que nem sempre condiz com a realidade das suas atribuições. Em tempos de alta transferência de dados, quantia em dinheiro e até dados sigilosos, sempre surge a ideia de que, se algo secreto "vazou" na rede, é culpa do hacker. Por muito tempo e até nos dias atuais, os crimes cibernéticos são ligados a esse profissional.
Crimes como roubar senhas corporativas, burlar sistemas bancários, implantar vírus e até o vazamento de dados diplomáticos são associados erroneamente ao hacker. Mas para entendermos de uma vez por todas: quem realiza práticas como essas se chama cracker e não hacker. Saiba mais no texto a seguir, do Engenharia!
O que é um Ethical Hacker?
Entre os hackers existe uma subdivisão profissional: o Ethical Hacker.
O Ethical Hacker, ou "hacker ético", é um profissional especializado em segurança da informação. Ao contrário dos crackers, que são responsáveis por crimes cibernéticos como roubo de senhas e vazamento de dados, o Ethical Hacker trabalha para identificar e corrigir vulnerabilidades nos sistemas de uma organização.
O trabalho desse profissional é penetrar nos sistemas da empresa. Depois, informar a própria área de TI para que as devidas providências sejam tomadas, caso encontre alguma fraqueza ou vulnerabilidade na rede. E acredite: toda e qualquer invasão cibernética pode causar danos irreversíveis às instituições, como prejuízos de imagem, roubo de informações sigilosas e até perda de recursos financeiros.
Como os Ethical Hackers protegem sistemas?
O hacker ético vai fundo na investigação de instalação, implementação e uso de todos os softwares utilizados, realiza checagem de todos os dispositivos instalados e, por fim, verifica portas de entrada do sistema, realizando testes de penetração.
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Tais testes de penetração são as atividades executadas que fazem uso de técnicas e ferramentas que ajudam na identificação e posterior análise de alguma vulnerabilidade encontrada. Elas servem para simular uma espécie de ataque cibernético, identificando possíveis falhas no sistema e consequentemente corrigí-las.
A página Software Livre Brasil elencou em 2020 alguns passos ou etapas essenciais para realização do teste de segurança:
- Análise da rede;
- Análise de portas;
- Identificação de sistemas;
- Provas de debilidades em sistemas sem fios (dependendo segundo o caso);
- Verificação de serviços (Site, correio, servidor de nomes, documentos visíveis, vírus e trojanos);
- Determinação de vulnerabilidades;
- Identificação de exploits;
- Verificação manual de vulnerabilidades;
- Verificação de aplicações;
- Verificação de firewall e ACL;
- Revisão das políticas de segurança;
- Revisão de sistemas de detecção de intrusos/sistemas de prevenção de intrusos;
- Revisão de sistemas de telefonia (dependendo segundo o caso);
- Obtenção de informação (serviços de notícias, notas de imprensa, informações facilitadas pela própria empresa), ofertas de trabalho, newsgroups, xracks, números de série e “underground”, FTP, Site, P2P;
- Engenharia social;
- Verificação de sistemas “confiáveis”;
- Análise de força de senhas;
- Negação de serviço;
- Revisão da política de privacidade;
- Análise de cookies e bugs no Site;
- Revisão de logs.
Veja Também: Big data: como lidar com tantos dados na era da informação
Como se tornar um Ethical Hacker?
Antes de tudo, é possível identificar aqui uma característica: a profissão de hacker exige da pessoa um notório conhecimento em sistemas operacionais e redes de computadores, como por exemplo Linux, Proxies, Firewall e Servidores Web.
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O mercado de Ethical Hacker é um novo mundo a ser explorado, visto que de fato essa função foi formalizada após a certificação CEH (Certified Ethical Hacking), por volta dos anos 2000. Hoje existe uma gama de certificações para certificar os Ethical Hackers, como EXIN Ethical Hacking Foundation, CEH, LPT, GPEN, GWAPT, OSCP e OSCE. Existem ainda bons livros e cursos online que ajudam a entender as principais técnicas utilizadas nessa profissão.
O legal disso tudo é que, com tantos conhecimentos importantes, o Ethical Hacker não usa todas as suas habilidades para vantagens próprias, mas sim na segurança de dados que garantem o pleno funcionamento e sustentabilidade das empresas.
Por que a profissão de Ethical Hacker é importante?
A função do Ethical Hacker é vital, portanto, para garantir a segurança e integridade dos dados e sistemas corporativos. Ao identificar e corrigir vulnerabilidades antes que possam ser exploradas por hackers mal-intencionados, esses profissionais ajudam a proteger a reputação e os recursos financeiros das empresas.
Se você está pensando em seguir a carreira de Ethical Hacker, invista em educação e certificações para se destacar nesse campo dinâmico e essencial.
Referências: Profissão Hacker, Portal GSTI, Canaltech.
Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.
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Kaíque Moura
Engenheiro de Produção; formado pelo Centro Universitário Santo Agostinho (UNIFSA); Pós-Graduando em Empreendedorismo e Inovação (IFPI); MBA em Management (iCEV); Técnico em Metrologia (IFRJ); Técnico em Serviços Jurídicos (IFPI) e Técnico em Mecânica (IFPI); profissional qualificado nas áreas de Gestão, Manutenção, Metrologia e Produção.