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CEOs Mulheres: Descubra a Realidade da Representatividade Feminina nas Empresas Brasileiras

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por Lucie Ferreira
| 18/06/2024 | Atualizado em 18/06/2024 3 min
Imagem de Iwaria Inc. em Unsplash

CEOs Mulheres: Descubra a Realidade da Representatividade Feminina nas Empresas Brasileiras

por Lucie Ferreira | 18/06/2024 | Atualizado em 18/06/2024
Imagem de Iwaria Inc. em Unsplash
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Em 2016, um estudo do Peterson Institute for International Economics chamou a atenção para a relação entre mulheres em cargos de alta liderança e o desempenho financeiro das empresas. A pesquisa, que analisou 22 mil empresas de 91 países, indicava que a presença feminina no topo da hierarquia impulsionava a rentabilidade.

Mas será que essa realidade se concretizou no Brasil nos últimos anos? Continue lendo este artigo do Engenharia 360 para saber mais!

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Imagem de Amy Hirschi em Unsplash

Resultado do estudo

Segundo o estudo realizado na década passada, o desempenho financeiro de uma companhia seria melhor quando as posições de liderança são assumidas por mulheres, sendo ainda mais lucrativo conforme a proporção feminina em cargos de chefia - a presença de mulheres naquele tempo era de até 30% em cargos de alta hierarquia, resultando em um crescimento de 15% na rentabilidade das empresas comparado aos anos anteriores.

Por outro lado, ter CEO do gênero feminino ou masculino já não tinha efeito perceptível no desempenho financeiro das companhias, o que levava as instituições afirmarem que era mais importante ter um quadro maior de gerentes mulheres do que simplesmente ter uma presidente do sexo feminino.

Avanços conquistados

  • Aumento da representatividade feminina em cargos de liderança: Em 2023, o número de CEOs mulheres no Brasil subiu para 17%, um avanço significativo em relação aos 8% de 2017.
  • Maior reconhecimento da liderança feminina: Estudos recentes indicam que CEOs mulheres são mais bem avaliadas pelos colaboradores, com índices mais altos de confiança e popularidade.
  • Crescimento da participação feminina em conselhos administrativos: Atualmente, 21% dos membros dos conselhos em empresas brasileiras são mulheres, um aumento em relação aos 16% de 2017.

Desafios que persistem

  • Sub-representação em cargos de alta gerência: Apesar dos avanços, as mulheres ainda representam apenas 38% dos cargos de liderança no Brasil, abaixo da média global de 43%.
  • Desigualdade salarial: Mulheres em cargos de liderança ainda ganham, em média, 23% a menos que os homens.
  • Persistência do "teto de vidro": Apesar da crescente presença feminina em cargos de base e médios, as mulheres ainda encontram dificuldades para ascender aos mais altos cargos das empresas.

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O que precisa ser feito para alcançar a igualdade de gênero nas empresas brasileiras?

Para alcançar a igualdade de gêneros dentro das empresas, o Peterson Institute sugere estimular e preparar as mulheres desde cedo, nas escolas de base e dando uma atenção maior para elas. Prova disso é que, quanto mais um país investe e o número de meninas com alto desempenho em Matemática é maior, mais empresas contratam mulheres para ocupar cargos de gestão.

  • Investir em educação e qualificação profissional para mulheres: É fundamental garantir acesso à educação de qualidade e oportunidades de desenvolvimento profissional para mulheres desde a base, preparando-as para cargos de liderança.
  • Implementar políticas de combate à discriminação: É necessário combater o sexismo e a discriminação no ambiente de trabalho, criando um ambiente mais justo e inclusivo para mulheres.
  • Promover a cultura da mentoria e do networking: A criação de programas de mentoria e networking pode ajudar a conectar mulheres com profissionais experientes e facilitar o seu acesso a oportunidades de carreira.
  • Incentivar políticas de parentalidade compartilhada: Políticas que garantem licença-paternidade igualitária e dividem as responsabilidades de cuidado com os filhos entre homens e mulheres são essenciais para promover a equidade de gênero no mercado de trabalho.
mulheres CEOs empresas
Imagem de Jason Goodman em Unsplash

Considerações finais

Embora o cenário para as mulheres CEOs no Brasil tenha apresentado progressos nos últimos anos, ainda há um longo caminho a ser percorrido para alcançarmos a igualdade de gênero nas empresas.

Aproximadamente 60% das empresas analisadas pela Peterson Institute em 2016 não tinham sequer mulheres em seus conselhos; em mais de 50% delas, estavam ausentes executivas mulheres no C-level, ou seja, no topo da hierarquia. E uma quantidade ainda menor possuía CEO do gênero feminino (apenas 5%).

Através de ações conjuntas que combatam a discriminação, promovam a educação e qualifiquem profissionalmente as mulheres, poderemos construir um futuro onde o talento e a capacidade de liderança não sejam limitados por gênero.

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Fonte: Época Negócios, Expert XP, cnex, Sci ELO, IBGE.

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Jornalista especializada.

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