Engenharia 360

Entrevista 360: um engenheiro brasileiro no Vale do Silício

Engenharia 360
por Júlia Sott
| 05/11/2019 3 min

Entrevista 360: um engenheiro brasileiro no Vale do Silício

por Júlia Sott | 05/11/2019
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O Leo Jefferson tem 31 anos, é natural de Manaus no Amazonas, é Engenheiro da Computação e vive nos Estados Unidos desde setembro de 2014. Ele compartilhou com o Engenharia 360 um pouco de sua trajetória desde o ensino médio até o atual cargo, na Microsoft.

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Minha trajetória começou no Ensino Médio. Em Manaus há uma escola técnica (Fundação Matias Machline) de bastante prestígio e com uma estrutura de primeiro mundo. Essa escola, na época (Fundação Nokia de Ensino), era patrocinada pela Nokia e lá tive contato com a programação.

Como formação superior, estudei no ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica) e me formei Engenheiro da Computação. Após a faculdade, trabalhei no Facebook como engenheiro por 4 anos e atualmente trabalho na Microsoft.

Como é trabalhar em uma das empresas mais famosas do mundo:

É bastante gratificante trabalhar em uma empresa de alcance global e saber que algo que está sendo desenvolvido por você neste exato momento, será usufruído por centenas de milhões de pessoas poucos dias depois.

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Rotina dentro da Microsoft:

A rotina é bem flexível, eu normalmente chego as 9h para trabalhar, pois a Microsoft oferece um bom café da manhã, mas o horário de chegada é bastante pessoal. Enquanto estou no trabalho, meu tempo é ocupado principalmente com planejamento do que fazer, com a parte de programação e com a revisão de código dos colegas, além de reuniões e teleconferências diárias com a parte do time localizada na sede no estado de Washington. O meu time, em específico, possui metade dos membros na Califórnia e outra metade na sede da Microsoft. Por volta das 17:30h, saio do trabalho. Como dito antes, o horário de chegada e saída varia de acordo com cada pessoa.

A melhor parte de trabalhar na Microsoft e o que mais gosta na empresa:

O que eu mais gosto da empresa é a flexibilidade, desde que se entregue o que for combinado. Eu não necessariamente tenho que passar uma quantidade de horas consecutivas na empresa, eu posso parar em determinado horário e ir para casa e voltar a trabalhar quando for mais conveniente. Ao mesmo tempo em que há flexibilidade de horários, há responsabilidade de cumprir tarefas.

O que mais gosta na sua profissão e o que menos gosta:

A resposta é a mesma para as duas perguntas, o dinamismo. Há muita coisa a ser desenvolvida, há muitas oportunidades. A próxima empresa como Google ainda está por vir. O ônus do dinamismo é que como engenheiro, deve-se estar em constante atualização para não ficar para trás.

Como está sendo a experiência de morar no Vale do Silício, e os pontos positivos e negativos:

É muito positivo estar cercado de pessoas de diferentes nacionalidades. Nesse período em que estive aqui, tive a oportunidade de trabalhar e aprender com pessoas de diversas culturas. Pessoas da Índia, China, Zimbábue, Polônia, Turquia, entre outros países.

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Um ponto negativo é o custo de vida. O Vale do Silício, juntamente com a cidade de Nova York, são os dois lugares mais caros dos EUA para se viver.

bay Imagem: Google Maps

Conselho para os engenheiros e futuros engenheiros brasileiros para obter êxito na engenharia e, talvez, conseguir um emprego nas grandes empresas mundiais:

Além de dominar o inglês, para quem ainda está na faculdade e pretende ingressar em uma renomada empresa na área de Tecnologia, um atalho é participar das maratonas de programação da Sociedade Brasileira de Programação. A quantidade de pessoas que se destaca nesses eventos e consegue um emprego em uma empresa de ponta é enorme.

Comentários

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Júlia Sott

Após a formatura em engenharia civil embarquei para os EUA para trabalhar, estudar e explorar o Vale do Silício por 1 ano, e foi quando surgiu a oportunidade de escrever aqui! Também amo ler, viajar e sou cantora nas horas vagas. Sempre em busca de evolução, conhecimento, novas conexões e habilidades.

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