A escassez de engenheiras no mercado de trabalho tem raiz nas faculdades. Segundo o Censo 2011 do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), no ano 2000, as mulheres representavam 19% do número total de matrículas nos cursos de Engenharia. Em 2011, a taxa subiu para 30%.
Apesar do crescimento da presença feminina, o número ainda é baixo, já que os homens preenchem 70% das vagas nos cursos de Engenharia. Ainda existe a ideia de que a Engenharia é uma área puramente braçal, enquanto é também um ato de pensar e de criar soluções para problemas.
Muitas empresas ainda têm preconceito de gênero, impedindo que as mulheres preencham vagas e alcancem cargos altos. A demanda social feminina é outro obstáculo, visto que é difícil conciliar a carreira profissional com o papel de mãe, fazendo com que muitas mulheres busquem apenas empresas que ofereçam condições para que se organizem melhor.
Entretanto, a maioria das companhias ainda é resistente em contratar profissionais que desejam ser mães, uma vez que precisam se ausentar durante a licença-maternidade, que, apesar de temporária, é compreendida como desvantajosa. Isso ajuda a entender porquê na área de ensino há muitas engenheiras: é o segmento no qual as mulheres conseguem dedicar-se à vida pessoal e profissional.
Fonte: Vila Mulher