O cubo mágico, também conhecido como Cubo de Rubik, sempre foi mais do que apenas uma brincadeira. Milhões de pessoas ao redor do mundo se dedicam ao desafio, e até existem competições internacionais para ver quem consegue resolvê-lo mais rápido. No entanto, esse desafio perdeu parte do seu brilho depois que algoritmos de Inteligência Artificial (IA) surgiram, capazes de resolvê-lo em uma fração de segundo – superando até os humanos mais rápidos. Saiba mais sobre essa história no artigo a seguir, do Engenharia 360!
O que é o cubo mágico?
O cubo mágico foi criado em 1974 por Ernő Rubik, um arquiteto húngaro. O modelo tradicional tem dimensões 3x3x3, com seis faces, cada uma de uma cor diferente, que devem ser organizadas após o embaralhamento. O objetivo é montar o cubo para que cada face tenha apenas uma cor, o que requer conhecimento de técnicas específicas para ser feito rapidamente.
Esse famoso quebra-cabeça desafia a lógica e o raciocínio de muitas pessoas, e há técnicas que permitem resolvê-lo em poucos segundos. Mesmo assim, os algoritmos de deep learning vêm revolucionando esse processo, levando a velocidade de resolução a um novo patamar.
Como funciona o algoritmo de deep learning?
O algoritmo chamado DeepCubeA, desenvolvido por cientistas da computação e matemáticos da Universidade da Califórnia, é capaz de resolver o cubo em tempo recorde. Nos testes, ele foi capaz de resolver todas as configurações de cubo às quais foi submetido, alcançando a solução ideal em cerca de 60% do tempo. Além do Cubo Mágico, o DeepCubeA pode ser aplicado em outros jogos combinatórios.
O diferencial do DeepCubeA é sua capacidade de tomar decisões mais rápidas e eficazes do que os humanos. Em média, enquanto um humano pode precisar de 50 movimentos para resolver o cubo, o algoritmo precisa de apenas 20 movimentos, o que reflete a precisão e eficiência da IA.
IA no cubo mágico e outras aplicações
Os pesquisadores que criaram o DeepCubeA tinham como objetivo entender como a Inteligência Artificial tomava decisões ao resolver desafios complexos. Eles começaram simulando quebra-cabeças no computador, antes de aplicar o algoritmo ao cubo mágico. Com apenas dois dias de treino, o algoritmo já superava os melhores humanos.
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Apesar do desempenho impressionante, o DeepCubeA não é o algoritmo mais rápido. Esse título pertence ao Min2Phase, desenvolvido pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT), que consegue resolver o cubo três vezes mais rápido. Mesmo assim, a tecnologia usada no DeepCubeA tem grande potencial para ser aprimorada e aplicada em sistemas mais complexos, ajudando a resolver problemas do mundo real.
Fontes: Techxplore.
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Larissa Fereguetti
Cientista e Engenheira de Saúde Pública, com mestrado, também doutorado em Modelagem Matemática e Computacional; com conhecimento em Sistemas Complexos, Redes e Epidemiologia; fascinada por tecnologia.